"Bom fim de semana a todos. Os que puderem em Sevilha, claro" - TVI

"Bom fim de semana a todos. Os que puderem em Sevilha, claro"

  • Agência Lusa
  • RL
  • 25 jun 2021, 14:04
Eduardo Ferro Rodrigues

Foi desta forma que o presidente da Assembleia da República encerrou a sessão plenária desta sexta-feira

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, encerrou a sessão plenária de hoje com votos de bom fim de semana aos deputados, “os que puderem em Sevilha”, onde decorrerá o jogo de Portugal do Euro2020.

Vamos então terminar a sessão. Agradeço a todos a cooperação prestada e até para a semana. Muito obrigado. Bom fim de semana a todos. Os que puderem em Sevilha, claro”, disse Ferro Rodrigues no final no plenário da Assembleia da República de hoje.

Na quarta-feira, em Budapeste, no final do jogo da seleção nacional de futebol que permitiu a qualificação para os oitavos de final do Euro2020, Eduardo Ferro Rodrigues já tinha feito um apelo para “que os portugueses se desloquem de forma massiva para o Sul de Espanha e que possam apoiar uma grande vitória de Portugal nos oitavos de final”, de acordo com declarações transmitidas pela RTP.

Hoje mesmo, na sessão plenária, foi aprovada, com a abstenção da Iniciativa Liberal, a deslocação do Presidente da República a Sevilha, no domingo, precisamente para assistir ao jogo da seleção nacional de futebol dos oitavos de final do Euro2020.

Na quinta-feira, em Guimarães, questionado sobre estas declarações do presidente da Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa não apontou críticas.

Eu acho que aquilo foi a expressão de uma ideia que nós percebemos que é os que puderem ir que vão para termos um apelo significativo à seleção, mas está implícito que respeitem as regras e que só vão aqueles que possam ir, foi assim que eu li", declarou então.

"Eu próprio já que tinha dito ontem [quarta-feira] que gostava muito de ir, pensei para comigo mesmo que eu só vou se o morador em Lisboa comum puder ir, se não puder ir, não vou", disse.

Tal como no fim de semana passado, a proibição de circulação para dentro ou para fora da Área Metropolitana de Lisboa (AML) mantém-se a partir das 15:00 de hoje e até às 06:00 de segunda-feira, mas quem tenha um certificado digital ou um teste negativo à covid-19 pode passar.

A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no final do Conselho de Ministros de quinta-feira, quando confrontada com este apelo de Ferro Rodrigues, escusou-se a comentar, alertando para o “momento crítico da evolução da pandemia”.

“Eu não comento aqui, nunca comento declarações de outros órgãos de soberania”, começou por responder a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, na conferência de imprensa que decorreu após o Conselho de Ministros de hoje.

A governante aproveitou para avisar que “este é um momento crítico da evolução da pandemia” em Portugal.

Costa recusa comentar apelo de Ferro sobre Euro por não ser “comentador”

O primeiro-ministro, António Costa, recusou hoje comentar o apelo do Assembleia da República, para os portugueses irem a Sevilha apoiar Portugal nos oitavos do Euro, por “não ser comentador”, lembrando que “o comportamento de cada um é essencial”.

As televisões estão já cheias de comentadores […] e eu acho que os responsáveis políticos devem concentrar-se na função respetiva de cada um e não se andarem a comentar uns aos outros. Não é meu hábito comentar titulares de órgãos de soberania e não vou abrir exceção”, afirmou António Costa.

Falando em declarações à imprensa portuguesa em Bruxelas no final de um Conselho Europeu de dois dias, o chefe de Governo acrescentou ainda assim que “o comportamento de cada um é essencial” para combater a pandemia de covid-19.

“O que tenho dito desde o princípio da pandemia e continuarei a dizer até a pandemia estar extinta – não sabemos quando será – é que temos de ir adotando os comportamentos e as medidas em função da evolução da pandemia, [pelo que] não podemos descurar medidas de proteção individual como a máscara, mesmo estando vacinados, ou a higiene das mãos e a distância física”, elencou.

Por essa razão, “se isso for feito e se os eventos se realizarem de forma civilizada, […] os riscos são mais diminutos”, defendeu António Costa.

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