Ferro Rodrigues: Temos de "remar para o mesmo lado" - TVI

Ferro Rodrigues: Temos de "remar para o mesmo lado"

  • Sofia Santana
  • 9 mar 2016, 12:30

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, abriu a sessão solene da tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa, saudando o agora Presidente da República que, como fez notar, será a partir de hoje o "presidente de todos os portugueses" e do qual se espera "independência e visão estratégica para o país"

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, abriu a sessão solene da tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa, saudando o agora Presidente da República que, como fez notar, será a partir de hoje o "presidente de todos os portugueses". "O homem certo, no momento certo", e do qual se espera "visão estratégica e independência", lembrou Ferro, no hemiciclo.

"Marcelo Rebelo de Sousa é o Presidente de todos nós, de todos os portugueses. Desejo-lhe todas as felicidades porque os seus sucessos serão os nossos sucessos, os sucessos de todos os portugueses."

Na Assembleia da República, decorada com rosas com as cores da bandeira nacional, a cerimónia contou com 500 ilustres convidados, como o Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker ou o Rei de Espanha, Filipe VI. Também os antigos Presidentes Ramalho Eanes e Jorge Sampaio marcaram presença, tendo-se destacado a ausência de Mário Soares.

Ferro Rodrigues lembrou a importância das funções inerentes ao Presidente da República, a quem cabe garantir "a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições".

O Presidente da Assembleia vincou que se espera que Marcelo Rebelo de Sousa demonstre "visão estratégia e independência". E neste sentido, apelou a que o chefe de Estado esteja "sintonizado com país", "saiba comunicar com todos os partidos políticos e parceiros sociais". "Com todos por igual", destacou.

"Um Presidente da República sintonizado com o país, que saiba comunicar com todos os partidos políticos e parceiros sociais, com todos por igual."

Ferro disse que Portugal "precisa de se voltar a encontrar". "Divergências ideológicas e políticas alternativas" são "normais", mas é preciso que "se reme para o mesmo lado".

"O país precisa de se voltar a encontrar, em Democracia são normais e desejáveis as divergências ideológicas e as politicas alternativas, mas é justamente porque conhecemos as diferenças políticas que temos de se ser capazes de distinguir o que nos deve unir. Isso só se consegue se remarmos para o mesmo lado."

Antes disso, dirigiu-se ao Presidente cessante, Aníbal Cavaco Silva, para assinalar o seu "espírito de serviço público" ao longo dos dez anos em que foi chefe de Estado. Pelos dois mandatos em que esteve no Palácio de Belém e também pelo tempo em que foi primeiro-ministro de Portugal, Ferro Rodrigues lembrou que "Cavaco Silva é um grande protagonista político da nossa Democracia".

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