Centeno no Banco de Portugal: “Não vejo necessidade de haver um período de nojo” - TVI

Centeno no Banco de Portugal: “Não vejo necessidade de haver um período de nojo”

  • Manuela Ferreira Leite
  • 20 mai 2020, 22:47

Manuela Ferreira Leite afirmou que, apesar de se tratar de um cargo importante, o Banco de Portugal já não tem o poder de antigamente

No habitual espaço de comentário semanal na TVI24, Manuela Ferreira Leite analisou a polémica em torno da possibilidade do ministro das Finanças, Mário Centeno, ser nomeado para governador do Banco de Portugal e das.

A comentadora da TVI mostrou-se surpresa com o facto de o tema estar a merecer tanta atenção por parte de todos os analistas, afirmando ser sinónimo de “fase muito especial da nossa vida” que também atinge a parte política.

“Várias vezes afirmei que o ministro Centeno não se ia manter no Governo”, afirmou. “Era evidente que Mário Centeno não podia continuar como ministro das Finanças”.

Apesar de ter sido muito crítica da política orçamental de Mário Centeno, Manuela Ferreira Leite diz não compreender a polémica sobre se o Governo “pode ou não pode” nomear o ministro para o cargo de governador do Banco de Portugal.

“Não discuto, nem ponho em causa, se Mário Centeno tem perfil técnico, político e internacional para poder exercer o cargo. E também não vejo necessidade em haver um período de nojo”, reforçou.

Questionada sobre se existe algum tipo de conflito de interesses, uma vez que o ministro das Finanças, que tutela o setor, passaria a ser o supervisor da área que tutelava, Manuela Ferreira Leite pôs essa hipótese de parte.

“Tutela é uma maneira de dizer. A política monetária, que é aquela que poderia caracterizar a atuação de um banco central, está no Banco Europeu”, explicou. “Estas preocupações poderiam ter algum sentido se nós não estivéssemos na moeda única”.

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