O deputado do PSD Carlos Abreu Amorim decidiu abandonar o grupo de trabalho sobre a eutanásia, no Parlamento, porque "os grupos de trabalho morreram" com a polémica em torno da lei de financiamento dos partidos.
Os grupos de trabalho morreram. Deixaram de existir a partir do momento em que são tidos como grupos secretos, de conspiração”
Abreu Amorim disse-o aos jornalistas, momentos depois de ter comunicado a sua decisão aos deputados da comissão de Assuntos Constitucionais. Recusa-se, mesmo, a integrar novos grupos "até ao final da legislatura", em 2019.
Uma decisão que se segue à polémica em torno da lei de financiamento dos partidos políticos e ao grupo de trabalho em que foram negociadas alterações pela maioria dos partidos, vetadas pelo Presidente da República, na terça-feira. Na mensagem enviada à Assembleia da República, que acompanha o seu veto, Marcelo Rebelo de Sousa realça que a "democracia também é feita da adoção de processos decisórios suscetíveis de serem controlados pelos cidadãos. A isso se chama publicidade e transparência".
Os grupos de trabalho são, como o nome indica, grupos informais em que se negoceiam os termos de uma lei ou se preparam iniciativas políticas.
A ata da reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais, à qual foram levadas formalmente as alterações ao financiamento dos partidos, refere apenas "alterações minimalistas".