Assis: autárquicas podem ser o início de «um novo tempo» - TVI

Assis: autárquicas podem ser o início de «um novo tempo»

Socialista pediu um PS «moderado» e sentido de «razoabilidade»

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O dirigente socialista Francisco Assis rejeitou que as eleições autárquicas sejam a primeira volta das legislativas, mas defendeu que podem ser o início de «um novo tempo», com um PS «moderado» e sentido de «razoabilidade».

Francisco Assis, também candidato a presidente da Assembleia Municipal do Porto, falava na Convenção Nacional Autárquica, num discurso em que defendeu a atual linha política da direção de António José Seguro e elogiou o «brilhantismo» de António Costa como presidente da Câmara de Lisboa.

«Estas eleições não são a primeira volta de coisa nenhuma, mas estas autárquicas podem ser uma coisa muito mais importante: o início de um novo tempo na vida política portuguesa, o início de um novo ciclo na vida nacional, em que a esperança e a confiança se voltem a impor com realismo, com consciência das dificuldades e com vontade de construirmos um futuro diferente», declarou o membro do Secretariado Nacional do PS, num discurso muito aplaudido.

Na sua intervenção, Francisco Assis acusou o atual Governo de sobrepor um «fanatismo ideológico às pessoas reais», de «ter feito um diagnóstico errado» sobre as soluções para o país e de ter assumido «compromissos falsos» perante a população, gerando uma situação de «calamidade social» e de descrença nas instituições.

A seguir, o ex-líder parlamentar socialista apontou quais devem ser as linhas básicas alternativas do seu partido face ao atual poder, fazendo então uma distinção entre «a voz da rua», cujo sentido «deve ser percebido», e as instituições, as quais «devem concretizar as políticas».

«Essa é a nossa responsabilidade, a de promover o reencontro das pessoas com as instituições. O PS apresenta um pensamento estruturado e sério e alternativas concretas», advogou.

Logo depois, Assis procurou desmontar a tese de uma corrente política em Portugal, contestando que seja verdade que o PS não seja alternativa ao Governo PSD/CDS.

«Como um grande partido, o PS tem um sentido de moderação e um sentido de razoabilidade», contrapôs.

Em relação à segunda cidade do país, Francisco Assis deixou a seguinte mensagem: «Não concebo um Portugal forte com um Porto fraco».

«Precisamos de um Portugal forte e de um Porto forte», acrescentou.
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