Assis dá por encerrada polémica do «vírus» mas acusa Rangel de criar incidentes - TVI

Assis dá por encerrada polémica do «vírus» mas acusa Rangel de criar incidentes

Francisco Assis (Lusa)

Em causa, declarações de Manuel Alegre, que motivaram uma queixa de Paulo Rangel

O cabeça de lista socialista às europeias considerou esta quarta-feira encerrada a polémica com o «número um» do PSD sobre o caso do «vírus socialista», mas acusou Paulo Rangel de estar na campanha à procura de pequenos incidentes.

Francisco Assis falava aos jornalistas a meio de uma ação de contacto com populares em Fafe, depois de confrontado com o teor de uma carta escrita por Paulo Rangel a responsáveis do Partido Socialista Europeu (PSE) e à presidente do PS, Maria de Belém, queixando-se por o «histórico» socialista Manuel Alegre o ter associado a ideias nazis sobre os judeus.

«Pela parte do PS esse assunto está completamente encerrado. Quem produziu uma declaração indecorosa [sobre o vírus socialista] foi o dr. Paulo Rangel», contrapôs o cabeça de lista socialista às europeias.

Para Francisco Assis, o objetivo de Paulo Rangel ao longo da presente campanha eleitoral para o Parlamento Europeu «é criar pequenos incidentes para desviar a discussão política do essencial».

«Estamos perto do final da campanha eleitoral e já percebemos que a direita não quis discutir nem o presente, nem o futuro. Não quis discutir a Europa, nem o estado do país. Verificou-se uma ausência de pensamento político e económico por parte dos candidatos da direita e, como tal, esses candidatos refugiaram-se nos pequenos incidentes», advogou o «número um» da lista europeia do PS.

Francisco Assis começou amanhã de campanha em Vizela, onde foi recebido com bombos junto à sede local do PS, visitando depois uma instituição vocacionada para a reabilitação de crianças e jovens do concelho. O cabeça de lista do PS às europeias pediu para ser acompanhado nessa visita apenas por alguns membros da sua comitiva, pretendendo assim não explorar qualquer efeito mediático para campanha eleitoral.

Depois, já em Fafe, Francisco Assis manifestou-se apreensivo com a situação económica do pequeno comércio, não só nesta cidade do baixo Minho, mas em todo o território nacional. Aproveitou então a ocasião para tentar demolir a política do Governo de contração do consumo.

«Nesta volta ao país vi muitas lojas fechadas e poucas pessoas a consumir. Isto significa que houve uma austeridade excessiva, que afetou gravemente o nosso mercado interno. As pessoas deixaram de consumir, porque se instalou também um medo em relação ao futuro», sustentou o ex-líder parlamentar do PS.
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