“O princípio da disciplina de voto tem de se verificar. Ele é fundamental para garantir a governabilidade do país.”
O eurodeputado socialista vincou que os deputados foram eleitos em listas do partido e, nesse sentido, “todos eles, sem qualquer exceção, estão vinculados” à estratégia da direção nas matérias fundamentais.
Assis não concorda com a aliança à esquerda e, esta quarta-feira, reiterou na TVI que esse é "um caminho errado." Para o socialista um acordo entre PS, Bloco e PCP não têm "coerência" nem "consistência" para garantir as reformas essenciais que o país precisa, lembrando as divergências entre os partidos em matérias de política económica e de visão europeia.
Frisou que o caminho é “errado", mas "não perigoso”. Assis destacou que Bloco e PCP estão "perfeitamente integrados na vida democrática".
“Não alinho neste discurso de que vem aí uma ameaça autoritária. O Bloco de Esquerda e o PCP são partidos perfeitamente integrados na nossa vida democrática.”
O eurodeputado já tinha admitido que, no seguimento das suas divergências com a atual direção política do PS, está disponível para "assumir responsabilidades" dentro do partido. Esta quinta-feira voltou a reiterar essa posição, na Prova dos 9 da TVI24, admitindo avançar para a liderança do PS .
Esta sexta-feira, Assis vai encontrar-se com um grupo de militantes socialistas que estão contra o acordo de esquerda. A chamada "corrente de Assis" vai à Mealhada, na véspera da Comissão Nacional do PS, que ocorre no sábado .
Depois, no domingo, vai estar com António Costa na Comissão Política do partido. O secretário-geral socialista convidou o eurodeputado para a reunião, apesar de este não desempenhar qualquer cargo nos órgãos nacionais do PS.