PS responde a Passos: «Não queremos lançar o medo»

Francisco Assis criticou o programa eleitoral do PSD e diz que se for aplicado vai trazer graves consequências para o país. O cabeça-de-lista do Partido Socialista no Porto pede ainda contenção na linguagem utilizada pelos social-democratas.

«Tudo está em aberto» nestas eleições, começou por referir, considerando que existe uma «degradação» na «linguagem» utilizada na campanha do PSD, nomeadamente através de «ataques que têm sido dirigidos ao primeiro-ministro, comparando-o a sinistras figuras da história recente ou até figuras imaginárias».

Assis fala em «excessos de radicalismo e sectarismo» dos sociais-democratas e lança-se ao ataque, respondendo a Passos Coelho, que considerou a campanha do PS «desonesta».

«Apenas temos confrontado o PSD com a natureza das propostas que constam no seu programa. Se hoje há razões para ter algum medo radicam no programa do PSD, pois continuamos convencidos que o que está em causa é um determinado modelo de estado social. O nosso e o modelo ultraliberal do PSD, que deixa as sociedades mais empobrecidas».

O candidato também destacou o «desnorte do PSD» sobre a Taxa Social Única, pois «ao apresentar a redução do valor da TSU revela grande amadorismo, imaturidade e incompetência». Concluindo, frisou que não é intenção do seu partido «lançar nenhuma suspeita ou medo»: «Estamos absolutamente convencidos que a aplicação do programa do PSD no país teria consequências desastrosas».