Decisões vão ser tomada dia 5 de Junho, diz Louçã - TVI

Decisões vão ser tomada dia 5 de Junho, diz Louçã

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Líder bloquista alega que negociação da ajuda externa envolveu apenas o Governo e não nenhum partido

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O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou esta quinta-feira que as decisões do país são tomadas nas eleições de 5 de Junho, alegando que a negociação da ajuda externa envolveu apenas o Governo e não nenhum partido, escreve a Lusa.

«O país não toma decisões por via de organismos externos, discute com eles, onde o país toma decisões (...) é nas eleições e as eleições são no dia 5 de Junho», afirmou Francisco Louçã, em declarações aos jornalistas, durante uma visita à 28.ª Ovibeja, a decorrer até domingo em Beja.

O coordenador do BE disse que seria «um erro muito grave» se os portugueses desvalorizassem as suas capacidades e considerou que a responsabilidade de todos é escolher no dia 5 de Junho qual o caminho a fazer.

De acordo com Francisco Louçã, a "troika" apresentou aos partidos um «documento concluído», porque a negociação da ajuda externa foi com o Governo e «não podia ser de outra maneira».

«Não pode haver em Portugal uma espécie de balbúrdia confusa, em que há várias negociações ao mesmo tempo. Nós respeitamos muito a democracia em Portugal e o facto de o Estado português se fazer representar por um Governo, um Governo demissionário, mas é um Governo», disse.

Francisco Louçã ironizou ao afirmar que «alguns partidos que diziam que estavam com grandes negociações [com a "troika"], afinal olharam para o documento e não mudaram uma vírgula».

Ao lado do cabeça de lista do partido pelo círculo eleitoral de Beja, Dinis Cortes, o líder do Bloco de Esquerda voltou a destacar a importância da constituição de um banco de terras, para que «possam ser alugadas a quem quer trabalhar as que estão ociosas».

«Uma parte dos problemas que temos no país é também o facto de não haver produção agrícola», defendeu Francisco Louçã, lamentando que o Alentejo tenha perdidos nos últimos 10 anos «25 por cento da mão-de-obra agrícola e 10 por cento do território utilizado para a agricultura».

«Ficamos a dever todos os anos 3,5 mil milhões de euros de produtos alimentares que importamos e que podíamos produzir», acrescentou.

O Ano Internacional das Florestas é o tema central da 28.ª Ovibeja, a maior feira agropecuária do sul do país, que começou quarta-feira com mais de mil expositores para mostrar «todo o Alentejo deste mundo».

A feira, organizada pela Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), vai decorrer até domingo, no Parque de Feiras e Exposições de Beja.
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