Louçã acusa PS e PSD de quererem acabar com SNS - TVI

Louçã acusa PS e PSD de quererem acabar com SNS

Francisco Louçã

«Não concordamos com a transformação da saúde numa oportunidade de negócio», afirma o líder do BE

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Francisco Louçã acusou, esta terça-feira, o PS e o PSD de quererem acabar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O líder do Bloco de Esquerda, revelou que ao entregarem o SNS a interesses privados, «os ricos passariam a ter uma saúde de qualidade e os pobres uma saúde de misericórdia».

Louçã afirmou que a Manuela Ferreira Leite «quer avançar na privatização» do SNS, assim como Sócrates, ao entregar a gestão de novos hospitais a privados pelo período de 30 anos.

«Nós não concordamos com a transformação da saúde numa oportunidade de negócio», afirmou.

O líder do Bloco questionou as afirmações de Sócrates, de que só há duas pessoas que podem ser primeiro-ministro - ele próprio e Manuela Ferreira Leite.

«Nos últimos 18 anos, ou Manuela Ferreira Leite ou José Sócrates, um dos dois esteve no Governo (¿) Como é que nos diz o primeiro-ministro em funções que as únicas opções são olhar para trás, para os 18 anos passados, e continuar a fazer o mesmo?»

Subsídio social de desemprego é «chocante»

Louçã considera ainda «chocante» o anúncio do subsídio social de desemprego, como uma das medidas para atenuar a situação dos desempregados. «Um desempregado com seis filhos recebe cerca de 400 euros», revelou, explicando que «são 251 euros a cada desempregado (...) e se tiver até 6 filhos recebe mais 25 euros por cada filho».

O líder bloquista criticou ainda a abertura de uma conta com 200 euros por cada recém-nascido a levantar aos 18 anos. Segundo Louça, esta é uma conta sem eficácia, visto que o valor «não paga três meses de propinas da universidade no primeiro ano».

«O grande problema é que há um polvo de negócios que tem governado o país e vai usando para si aquilo que é de todos», considera Louça, que dá como exemplo o buraco do Banco Português de Negócios ou a venda de parte da Galp a Américo Amorim e ao presidente angolano José Eduardo dos Santos «que com o dinheiro da corrupção daquele país faz parte agora de uma grande empresa portuguesa».
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