Louçã acusa Sócrates de «desrespeito» pelos portugueses - TVI

Louçã acusa Sócrates de «desrespeito» pelos portugueses

Louçã diz que desemprego vai aumentar por causa da crise

Nova resposta do líder bloquista às declarações do primeiro-ministro sobre a manifestação da CGTP

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O líder do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, acusou, este domingo, o primeiro-ministro, José Sócrates, de ser responsável por uma «política de desrespeito» pelos portugueses e de instrumentalizar o dinheiro do país.

«O primeiro-ministro e este Governo são responsáveis por uma política de desrespeito. Talvez seja por isso que é em Cabo Verde que José Sócrates ataca os manifestantes que estiveram em Lisboa a assumir a responsabilidade pelo país, pela solidariedade e dignidade do trabalho e é por isso que o BE apoia a manifestação», acusou Francisco Louçã.

O líder do Bloco de Esquerda respondia desta forma, à margem da manifestação de imigrantes que decorreu em Lisboa, às declarações proferidas pelo primeiro-ministro, José Sócrates, durante a visita oficial a Cabo Verde, onde comentou a manifestação nacional organizada pela CGTP-IN e que reuniu em Lisboa na passada sexta-feira mais de 200 mil trabalhadores, tendo acusado os partidos de esquerda como o PCP e o Bloco de Esquerda de instrumentalizarem os sindicatos.

«O José Sócrates fica muito preocupado, porque havia tantos trabalhadores e tanta gente que votou no PS que estão indignados com a situação actual, que protestam, mas isso é a força da democracia», declarou Francisco Louçã, que acrescentou que a instrumentalização que existe tem origem no primeiro-ministro.

«Há instrumentalização, mas é do primeiro-ministro, porque um Governo que aceita que um banco público dê dois milhões de euros a um empresário só porque ele o perdeu, está a instrumentalizar o dinheiro do país, porque ao mesmo tempo há 200 mil desempregados que não têm subsídio de desemprego. Isso é instrumentalização e desprezo em relação às pessoas», acusou o líder bloquista.

Francisco Louçã disse ainda que as declarações do primeiro-ministro são representativas das preocupações de Sócrates com o seu próprio partido.
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