Louçã quer desmontar a ideia de que «é tudo inevitável» - TVI

Louçã quer desmontar a ideia de que «é tudo inevitável»

BE: Louçã discursa em Braga

Líder do BE quer ainda acabar com a convicção de que é preciso castigar o povo para recuperar o país

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O líder do Bloco de Esquerda disse hoje, em Coimbra, que a esquerda tem de desmontar dois tabus: a ideia de que «é tudo inevitável» e a convicção de que é preciso castigar o povo para recuperar o país.

De acordo com a Lusa, no jantar que assinalou o 13.º aniversário do partido, Francisco Louçã considerou que através da democracia é possível combater os tabus de que «é tudo inevitável» - «a dívida, o desemprego, a precariedade, a desigualdade e a injustiça», enumerou.

Louçã reiterou que é necessário Portugal «combater e cancelar a dívida abusiva para recuperar a economia para o emprego», numa sociedade que já regista um milhão e 240 mil pessoas sem trabalho.

«A dívida acumulada e multiplicada, que é o que está a acontecer, conduz a um país inviável. O que nos dizem que é inevitável, a dívida, que obriga à expiação do povo é uma construção da desigualdade, uma violência contra os mais pobres, um abuso contra os trabalhadores», sublinhou o coordenador do BE.

O dirigente bloquista alertou as várias dezenas de apoiantes presentes no jantar comemorativo de que Portugal está a ser «destroçado pelo juro abusivo» e que poderá ter de pedir um novo plano de resgate até ao fim do ano, citando um jornal alemão.

Francisco Louçã acusou ainda o sistema financeiro de ter «pirateado a economia portuguesa sem qualquer limite», aludindo aos casos do duplo pagamento das portagens na Lusoponte, à criação de uma linha de crédito de 300 milhões de euros a zero por cento de juros para o Banco BIC e aos «negócios da China».
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