Moita Flores: «Oposição não dá garantias» - TVI

Moita Flores: «Oposição não dá garantias»

Cidade de Santarém

Autarca de Santarém mostra-se confiante e apresenta novos «desafios»

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O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Francisco Moita Flores, afirmou, esta quinta-feira, que a oposição não tem capacidades para responder aos desafios do concelho, durante a apresentação da sua recandidatura nas próximas Eleições Autárquicas, disse a Agência Lusa.

«A verdade é que nenhum dos outros partidos que se diz opositor tem as mínimas condições para enfrentar os grandes desafios que Santarém tem pela frente, a verdade é que os partidos que dizem ser a minha oposição, não oferecem garantias para modificar estruturalmente o futuro que se desenha para o século XXI», afirmou o autarca, independente eleito pelo PSD.

Novos «desafios»

Perante cerca de 400 pessoas, Moita Flores elegeu como «desafios» para a sua recandidatura a conclusão da reconversão do espaço público da cidade, a requalificação da zona ribeirinha da urbe, que será impulsionada pela alteração do traçado da linha ferroviária do Norte, e a concretização das compensações da alteração da localização do Novo Aeroporto de Lisboa, da Ota para o Campo de Tiro de Alcochete, destacando a Fundação da Liberdade e a melhoria das estruturas viárias do Concelho.

«Tivemos a sorte de ganhar com maioria relativa, facto que obrigou ao compromisso, ao diálogo, à negociação e discussão de diferentes pontos de vista», referiu Moita Flores, salientando ter vivido «exaltação intelectual» e «momentos, alguns deles, obscenos».

Após o discurso, Moita Flores desvalorizou uma eventual maioria absoluta, admitindo que «poderia dar mais estabilidade política, mais agilidade mas perdia-se o sentido do contraditório».

«Não sou grande apologista de maiorias absolutas. Eu julgo que a democracia se faz ganhando e perdendo, e viver com a mesma temperança e tranquilidade uma derrota, como se vive uma vitória. Não é uma coisa que me preocupe», frisou Moita Flores, considerando «estranho ainda não haver candidatos» de outras forças políticas.

«Acabar com o contínuo e persistente luto, deu lugar à festa e à luta»

Durante o discurso de apresentação, Moita Flores destacou a opção pela apresentação da sua recandidatura a 19 de Março com o facto de ser Dia de São José, do Pai e de Santarém, manifestando-se optimista em cumprir «as duas principais promessas deste mandato» que permitiu «acabar com o contínuo e persistente luto, deu lugar à festa e à luta».

«Parar com o desnorte financeiro, acabar com as dívidas, acabar com o sufoco em que viviam milhares de credores e acabar com o lamaçal em que se arrastava a Câmara de Santarém», afirmou Moita Flores, reconhecendo que «foi difícil» mas garantindo que «antes do Verão, as dívidas a fornecedores estarão saldadas, as finanças da autarquia equilibradas e a dignidade da Câmara e de Santarém restaurada».

Devido às comemorações do Dia de Portugal, Moita Flores assumiu «suspender» qualquer tipo de acções de campanha e pré-campanha eleitoral, até ao 10 de Junho.

Pedro Passos Coelho sublinha importância das autarquias locais

Sem dirigentes nacionais do PSD, Moita Flores frisou a sua independência, «sem subordinação partidária, sem subordinação religiosa, apenas e sempre com a convicção que a vida é feita com muitas verdades e muitas vontades».

Contou com a presença de Ângelo Correia, Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas, coordenador distrital para as autárquicas.

Durante a sua intervenção, Passos Coelho elogiou a «maturidade» e «visão de abrangência política» do autarca, que «ajuda a dar visibilidade a Santarém», antevendo que durante a «situação muito delicada» do País, as autarquias locais venham a ter um papel importante.

Na cerimónia marcaram ainda presença o presidente da Concelhia de Santarém do PSD, Ricardo Gonçalves, grande parte dos presidentes das juntas de freguesia do Concelho, incluindo vários eleitos pela CDU, assim como a mulher do autarca, a actriz Filomena Gonçalves.
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