Eutanásia: líder do CDS-PP quer referendo para alargar discussão - TVI

Eutanásia: líder do CDS-PP quer referendo para alargar discussão

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  • 19 jun 2020, 14:43

Francisco Rodrigues dos Santos reiterou a posição do partido contra a eutanásia, ao defender a vida, considerando-a um “homicídio a pedido” e uma “prática contra a medicina” que “abala a confiança nos médicos e no Serviço Nacional de Saúde”

O líder do CDS-PP insistiu na realização de um referendo sobre a eutanásia para alargar a todos os portugueses a discussão do tema e não a cingir à Assembleia da República.

“Entendemos que a eutanásia não deve avançar e somos favoráveis a que haja uma auscultação generalizada da nossa sociedade através de referendo para que o povo português se possa pronunciar”, afirmou aos jornalistas Francisco Rodrigues dos Santos à margem de uma visita a uma exploração agrícola na Azueira, em Mafra, no distrito de Lisboa.

O líder dos centristas sublinhou que “uma matéria desta natureza, que não estava nos programas eleitorais da maioria dos partidos que a propuseram, não deve ser discutida de forma centralista no parlamento, dentro dos corredores do poder, mas numa discussão alargada a toda a sociedade portuguesa”, para haver “democracia participativa”.

Francisco Rodrigues dos Santos reiterou a posição do partido contra a eutanásia, ao defender a vida, considerando-a um “homicídio a pedido” e uma “prática contra a medicina” que “abala a confiança nos médicos e no Serviço Nacional de Saúde”.

De acordo com a edição de hoje do jornal Público, o Conselho Nacional da Ordem dos Médicos enviou uma carta ao presidente da Assembleia da República na qual informa que se recusará a participar em qualquer fase do processo da instituição de eutanásia.

A Assembleia da República aprovou em 20 de fevereiro, na generalidade, os cinco projetos da autoria do PS, BE, PEV, PAN e Iniciativa Liberal para despenalização da morte medicamente assistida.

Os diplomas preveem que só possam pedir a morte medicamente assistida, através de um médico, pessoas maiores de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de sofrimento e com doença incurável.

Propõem também a despenalização de quem pratica a morte assistida, nas condições definidas na lei, garantindo-se a objeção de consciência para os médicos e enfermeiros.

A deputada Isabel Moreira (PS) vai fazer um primeiro projeto de texto de substituição para uma lei da despenalização da morte medicamente assistida, a partir dos cinco diplomas aprovados no parlamento, uma decisão da primeira reunião do grupo de trabalho, presidido pela deputada do PSD Mónica Quintela, criado pela comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais.

“É preocupante” esgotamento do Hospital Amadora-Sintra

O presidente do CDS-PP mostrou-se hoje preocupado com o facto de o Hospital Amadora-Sintra ter atingido o limite da sua capacidade no atendimento a casos de covid-19.

“É preocupante”, disse Francisco Rodrigues dos Santos, quando questionado pelos jornalistas sobre o assunto, à margem de uma visita a uma exploração agrícola na Azueira, no concelho de Mafra e distrito de Lisboa.

De acordo com a edição online do Expresso, o aumento de casos de covid-19 nos concelhos de Sintra e Amadora fez chegar ao limite a capacidade do Hospital Fernando Fonseca, antigo Amadora-Sintra.

Nesta unidade, estão internados 70 infetados, o que levou o hospital a pedir apoio a outros hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo, tendo sido transferidos 10 doentes para o Centro de Apoio Militar Covid-19, o antigo Hospital Militar de Belém, agora reabilitado, e outros para o Hospital de Abrantes.

Para o líder do CDS-PP, a resposta do Serviço Nacional de Saúde à pandemia, que admitiu ser “eficaz”, “foi feita à conta dos doentes não covid, com o adiamento de consultas e mais quatro mil mortos, quando comparado com períodos homólogos de anos anteriores”.

Neste sentido, lembrou que o CDS-PP já propôs que o Governo contratualize serviços de saúde com o setor particular e social “para atender todos os doentes e haver capacidade de resposta para tratar da doença e salvar vidas”.

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