Líder do CDS-PP exige meios necessários e “mão pesada” da justiça  para incendiários - TVI

Líder do CDS-PP exige meios necessários e “mão pesada” da justiça para incendiários

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  • 27 jul 2020, 14:28
Presidente do CDS-PP visita Comando Territorial da GNR de Portalegre

Francisco Rodrigues dos Santos visitou esta segunda-feira o Comando Territorial da GNR de Portalegre

O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu hoje que o Governo deve garantir os meios necessários para o combate aos incêndios e pediu "mão pesada" para os "terroristas" que incendiam as florestas.

O Governo tem que ser diligente e competente e acautelar que aqueles que lideram o combate aos fogos têm todos os meios necessários para cumprir com êxito a sua missão para não virmos a chorar mais tarde por aquilo que não fomos capazes de fazer agora", afirmou.

Francisco Rodrigues dos Santos, que falava no final de uma visita ao Comando Territorial de Portalegre da GNR, respondia a perguntas dos jornalistas sobre os incêndios florestais ocorridos nos últimos dias.

O presidente do CDS-PP sublinhou que o partido efetuou "sucessivas visitas" a quartéis de bombeiros e que, nessas ocasiões, apelou para que "a pandemia de covid-19 não prejudicasse o ataque a esta época de incêndios".

O que se verificou é que Portugal não dispunha de meios aéreos, de equipas de combate inicial aos fogos e de recursos humanos necessários para, nesta fase mais crítica, responder à ameaça e risco de fogo", disse, aludindo a dados do Observatório Técnico Independente e da Comissão Europeia.

Para o líder centrista, "devem ser alocados todos os meios técnicos e humanos e operacionais necessários" aos bombeiros, que "encabeçam a linha da frente do combate aos fogos para colocar em segurança as populações e o património".

Que "não se repitam as tragédias de 2017, que estão na memória dos portugueses, onde hectares foram calcinados, onde se perderam vidas humanas e onde o património foi absolutamente destruído", realçou.

Francisco Rodrigues dos Santos apelidou de "verdadeiros terroristas" aqueles que "incendiam dolosamente" as florestas e defendeu que "a justiça tem que ter mão pesada e firme e verdadeiramente dissuasora" deste tipo de comportamentos.

As pessoas que praticam estes atos "não podem continuar a ser desculpabilizadas, quando os danos que perpetram contra o nosso país são de elevada magnitude", acrescentou.

CDS-PP pede “tolerância zero” ao desrespeito pelas normas de saúde pública

O presidente do CDS-PP exigiu ainda "tolerância zero" à criminalidade e ao desrespeito pelas normas de saúde pública impostas devido à pandemia de Covid-19, considerando que há "sentimento de impunidade a mais" e "autoridade das polícias a menos".

Tem que haver tolerância zero à criminalidade, sobretudo quando há comportamentos de saúde pública que tem de ser respeitados e cumpridos para não colocar em causa a saúde da população de risco", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.

Em Portugal, há criminalidade e sentimento de impunidade a mais para autoridade das polícias a menos", assinalou.

Nesse sentido, Francisco Rodrigues do Santos propôs o reforço das forças de segurança para que "tenham a dignidade e a coercividade necessárias para fiscalizar os comportamentos que tem de ser adotados" durante a pandemia da covid-19.

O presidente dos democratas-cristãos defendeu também "quadros sancionatórios que sejam atuantes" e um agravamento das leis penais que "penalizem e reprimam aqueles que agridem e desobedecem" aos elementos das forças de segurança.

Esta "tem de ser uma prioridade", insistiu, alegando que, quando "há algum ato desviante praticado por alguém que é considerado um criminoso", do outro lado está "alguém que será penalizado".

Aqueles que têm estabelecimentos e negócios vão ver sobre si impostas novas medidas de contingência, que afunilam o seu volume de negócios e impedem uma recuperação mais rápida do seu nível de rendimentos", acrescentou.

Rodrigues dos Santos notou que se verificam "diariamente casos de desrespeito e de incumprimento das normas", alertando que é "necessário" o "cumprimento escrupuloso" para que "não haja uma escalada descontrolada do vírus".

"E isso obriga a uma fiscalização e as nossas forças de segurança têm novas atribuições para assegurar que há este cumprimento por parte das populações", acrescentou.

 

 

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