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Assis anuncia candidatura à liderança do PS

Socialista diz que partido se assumirá como «uma alternativa de esquerda credível» e que pretende levá-lo de novo para o Governo

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Últimas actualização às 19:49

Francisco Assis anunciou esta tarde que é candidato a secretário-geral do PS, numa altura em que «há necessidade de fazer rupturas» e assumir-se como «uma alternativa de esquerda credível». O socialista salientou que todos os líderes são «de transição», mas que quer liderar o partido até o levar ao Governo novamente.

«Quero anunciar-vos a minha candidatura a secretário-geral do PS», começou por dizer o líder parlamentar socialista cessante esta quarta-feira à tarde na sede do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.

«Assumo esta candidatura, simultaneamente de continuidade e mudança», salientou, apontando por um lado para a história do partido, mas também para a construção dos «caminhos do futuro».

«E, por isso, há necessidade de fazer rupturas», assumiu. «O PS tem uma grande obrigação: constituir-se numa alternativa de esquerda credível em Portugal», afirmou, apontando para as dificuldades não apenas internas desse projecto.

«A esquerda foi praticamente varrida da governação europeia», anotou, avisando que muitas das opções da Europa têm sido «por soluções conservadoras, quando não mesmo por soluções populistas e perigosas».

Assis salientou que a sua primeira prioridade será «relançar a discussão e o debate no interior do PS e de promover de novo a abertura do PS à sociedade».

O socialista considerou ainda que os problemas do país e da Europa «não se esgotam nos problemas financeiros», mas também noutros, como as «novas formas de exclusão».

Assis garantiu, porém, que o PS, consigo à frente, se baterá por «manter estruturas, elementos basilares, do modelo do Estado Providência» e apontou para três palavras-chave de uma eventual liderança: «Tempo, imaginação, consistência». «Nas mais diversas áreas, procurei rodear-me dos melhores, dos mais capazes».

«Pactos de regime»

O líder parlamentar cessante do PS garantiu ainda que o seu partido assumirá um papel «claro» na oposição. «Seremos uma oposição responsável e uma oposição séria, mas ao mesmo tempo uma oposição contundente e uma oposição firme», assegurou, admitindo futuros acordos.

«Faremos os pactos de regime que o interesse nacional venha a reclamar. E estou certo que venha a reclamar em muitas circunstâncias», disse.

Francisco Assis clarificou ainda que «sendo candidato a líder do partido» não irá «permanecer nas funções de líder parlamentar».

Questionado sobre se não considera que a próxima liderança será transição, respondeu: «Em democracia todos somos líderes de transição». Mas deixou claro que pretende que o PS regresse ao poder consigo.

«Espero ser eleito secretário-geral e perdurar como secretário-geral o tempo suficiente para ser o próximo primeiro-ministro socialista de Portugal», apontou.

Francisco Assis revelou ainda que António Costa - apontado anteriormente como um possível candidato à liderança socialista ¿ lhe manifestou o seu «apoio pessoal» e que ninguém o «ouvirá a fazer nenhuma crítica a qualquer outro candidato à liderança do PS».

Esta tarde, António José Seguro anunciou na sua página do Facebook que também estará na corrida pela liderança socialista.

As eleições diretas no PS estão agendadas para 22 e 23 de Julho. O congresso socialista realiza-se entre 9 e 11 de Setembro.
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