Sócrates não aceita recados de Cavaco - TVI

Sócrates não aceita recados de Cavaco

PM em entrevista à RTP diz que não sabe a quem PR se refere

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José Sócrates não aceita que as críticas de Cavaco Silva tenham como alvo o Governo. Em entrevista à RTP, o primeiro-ministro disse mesmo que «essas palavras não têm a ver com o Governo».

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«Não foi uma crítica, porque o Governo não está a fazer isso. Estamos a responder à crise com vista no futuro. Até estou de acordo com o que foi dito. O Governo não está a responder a estatísticas, por isso não sei a quem se refere o PR», começou.

Considerando «abusivo» da parte dos jornalistas interpretar que essas palavras são um recado ao Governo, Sócrates acrescentou que não se mete nas palavras de Cavaco Silva.

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Lembrando outras críticas do PR, «ao Estatuto dos Açores, à Lei do Divórcio, à Lei da Paridade», o primeiro-ministro garantiu que essas divergências foram «assumidas dos dois lados». «Mas sempre com respeito pela cooperação institucional. Quer eu, quer o PR, temos consciência que os portugueses esperam essa cooperação», disse.

«Se a oposição acha que pode aproveitar ou instrumentalizar o PR, julga mal. O PR nem se envolve nem se deixa envolver no clima de pré campanha eleitoral. Ele não está a procurar interferir na acção do Governo», declarou.

Confrontado com a opinião de António Vitorino, José Sócrates assegurou não ser da mesma opinião, «nem a direcção do partido».

«Se a oposição pensa que vai transformar o PR no rosto da oposição está enganada. Na política cada um pedala a sua bicicleta», brincou.

Questionado acerca das suas próprias declarações acerca da «política do recado», o socialista assumiu que o PSD foi o principal alvo.

«Intenção não é a mensagem ser para Cavaco Silva. Dirigi-me fundamentalmente à oposição, em particular ao maior partido da oposição. Esses têm a oportunidade e o dever de apresentarem uma proposta política. Neste momento particular de crise, a obrigação das lideranças políticas é proporem um caminho, actuarem pela positiva, não se entregarem à politiquice do recado e do pessimismo», apontou.
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