«Marotos» e «calvinistas», mas com o cigarro apagado - TVI

«Marotos» e «calvinistas», mas com o cigarro apagado

Debate parlamentar - Foto de Mário Cruz para Lusa

Troca acesa de palavras entre José Sócrates e Francisco Louçã: ninguém falou na polémica do cigarro, mas cheiro a nicotina ficou nas entrelinhas

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A polémica do cigarro de José Sócrates a bordo de um voo fretado da TAP enublou o debate, mas o tabaco nunca saiu do maço. Depois de Francisco Louçã ter confrontado o primeiro-ministro, esta quarta-feira, sobre os lucros da Galp e do accionista Américo Amorim, com a escalada do preços do combustíveis, Sócrates acusou o líder bloquista de «fazer os seus julgamentos morais, estar muito atento ao lucro e a julgar de forma calvinista esses marotos que ganham muito».

A expressão tinha já servido para José Sócrates atacar os que o criticaram por ter fumado a bordo do voo Lisboa-Caracas e voltou à baila, mas agora com destinatário certo: o socialista acusou Louçã de ter uma atitude calvinista e até ironizou afirmando que o país tem agora outra autoridade, para além da Autoridade da Concorrência, que é a «autoridade Francisco Louçã».

Na réplica, o deputado do Bloco de Esquerda garantiu que «quem introduziu o calvinismo na política foi um primeiro-ministro que decidiu fazer a exibição pública dos seus vícios privados. Use os seus vícios como quiser, como eu uso os meus. Isso não tem nada a ver com a política. Calvinismo é aquilo que o senhor fez».
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