BES: Partidos fazem «ponto de situação» esta quarta-feira - TVI

BES: Partidos fazem «ponto de situação» esta quarta-feira

BES (Reuters)

«Julgamos ser necessário ponderar sobre as condições atuais, dada a falta de documentação, bem como a proximidade das primeiras audições confirmadas pelo presidente [da comissão]», diz o PCP

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Os partidos fazem na quarta-feira um «ponto de situação» dos trabalhos da comissão de inquérito parlamentar à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (BES), que arranca na segunda-feira, foi revelado.

De acordo com a página da Assembleia da República na Internet, a reunião da mesa da comissão e dos deputados coordenadores decorrerá às 14:00 de quarta-feira.

O PCP, pelo deputado coordenador Miguel Tiago, pediu hoje ao presidente da comissão, Fernando Negrão, uma reunião «com caráter de urgência» da mesa e dos coordenadores para agilizar calendários.

«Julgamos ser necessário ponderar sobre as condições atuais [dos trabalhos], dada a falta de documentação, bem como a proximidade das primeiras audições confirmadas pelo presidente [da comissão]», diz o PCP, num requerimento a que a agência Lusa teve acesso, advogando ser necessário consultar com o «tempo devido a documentação solicitada» pela comissão junto das diferentes entidades.

A comissão de inquérito parlamentar à gestão do BES e do GES foi proposta pelo PCP e aprovada por unanimidade dos partidos.

No total, o PSD tem sete deputados efetivos na comissão de inquérito, incluindo o presidente, Fernando Negrão, o PS tem cinco parlamentares, PCP e CDS dois e o BE um.

A primeira audição está agendada para a próxima segunda-feira e o primeiro lote de audições contemplará figuras ligadas à supervisão e regulação, casos do Banco de Portugal (Bdp), da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), do atual vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-governador do BdP, Vítor Constâncio, e do regulador dos seguros.

No total serão ouvidas cerca de 130 personalidades, por entre figuras da política, das empresas, e elementos da família Espírito Santo.

A 03 de agosto, o BdP tomou o controlo do BES, após o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição.

No chamado banco mau (bad bank), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas, enquanto no banco bom, o banco de transição que foi designado Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.
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