A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, é uma das subscritoras da pergunta formaliza ao primeiro-ministro, António Costa, questionando-o sobre a existência de um acordo, "escrito ou verbal" com o presidente da Caixa sobre a não entrega de declarações de rendimentos.
Confirma a existência de um acordo, escrito ou verbal, nomeadamente através de confirmação por e-mail, com o presidente (na altura designado) da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em relação à não entrega das declarações de rendimentos?", é a pergunta assinada por Assunção Cristas e cinco outros deputados do CDS-PP.
Na pergunta dirigida a António Costa, os deputados centristas argumentam com a "importância fulcral do princípio da transparência, nomeadamente no exercício dos cargos em empresas públicas, mais ainda quando se trata da CGD que espera uma capitalização pelo erário público, ou seja pelos contribuintes".
Os centristas referem "notícias vindas a público, que indicam a existência de um acordo ou anuência pelo Governo, para o não cumprimento desta obrigação", de apresentar as declarações de rendimentos e património ao Tribunal Constitucional.
Nos considerandos da pergunta referem ainda as declarações do ministro das Finanças, de 27 de outubro, segundo as quais que não é necessário o escrutínio público porque "os portugueses têm-no por via do Governo, do Estado, que os representa nesta dimensão"
O CDS afirma que Mário Centeno foi "posteriormente corrigido" por António Costa, assim como pela Presidência da República. E refere que Assunção Cristas "por várias vezes" interpelou o Governo sobre a eventual existência desse acordo, assim como Cecília Meireles, o que voltou a ocorrer esta sexta-feira no Parlamento.
A pergunta dirigida pelo grupo parlamentar do CDS ao primeiro-ministro é assinada por Assunção Cristas, Nuno Magalhães, Cecília Meireles, João Almeida, Álvaro Castelo Branco e António Carlos Monteiro.