«Contas à Sócrates» <i>versus</i> «relatórios à Louçã» - TVI

«Contas à Sócrates» <i>versus</i> «relatórios à Louçã»

Francisco Louçã

Deputado do Bloco de Esquerda confrontou Sócrates sobre as promessas eleitorais de 150 mil novos empregos

Relacionados
Francisco Louçã, deputado do Bloco de Esquerda, confrontou, esta quarta-feira, o primeiro-ministro, José Sócrates, sobre a promessa eleitoral do PS, nas últimas Legislativas, da criação de 150 mil novos postos de trabalho. José Sócrates respondeu ao deputado bloquista que não se tratou de uma «promessa», mas de «objectivos». «Era nosso objectivo criar 150 mil novos postos de trabalho», reafirmou o primeiro-ministro, no debate quinzenal no Parlamento.

Louçã argumentou com os números do desemprego e questionou o primeiro-ministro sobre aquilo que chamou de «contas à Sócrates» e sobre uma taxa de desemprego que ronda os 10 por cento. «O Governo diz "agora está uma desgraça, mas em 2007 éramos bons". Os bons Governos vêem-se nos tempos difíceis», sublinhou o deputado.

O bloquista confrontou o Governo com dois relatórios da OCDE, um sobre os reformados portugueses e outro que aponta para um aumento do desemprego em 2010. Louçã falou ainda nos dois milhões de pobres portugueses, dos quais «a grande maioria são idosos».

«Desemprego em linha com a Europa»

Perante as «contas à Sócrates» apresentadas pelo deputado, o primeiro-ministro criticou os «relatórios à Louçã» e argumentou que «o aumento do desemprego em Portugal está em linha com aquilo que se passa nos outros países da Europa».

Sócrates lembrou ainda que «168 mil trabalhadores no desemprego beneficiam das ajudas do Governo». «Só estamos a apoiar os desempregados e a melhorar a acção social escolar porque pusemos as contas em dia», acrescentou o primeiro-ministro.

Louçã aflorou ainda o assunto que deu o mote ao debate quinzenal e questionou José Sócrates sobre o aumento das propinas no Ensino Superior. O primeiro-ministro negou qualquer «aumento real» das propinas, dizendo que houve apenas «actualização».

Quanto à data de implementação das medidas de apoio social aos estudantes, anunciadas esta quarta-feira, Sócrates diz que espera aprovação do decreto-lei em Julho e a implementação em Setembro. As bolsas serão pagas aos estudantes «no primeiro momento que o Governo puder».
Continue a ler esta notícia

Relacionados