Cinco governos europeus que não ganharam as eleições - TVI

Cinco governos europeus que não ganharam as eleições

Eleições legislativas 2015

Vitória nas legislativas pode não garantir a governação a Passos Coelho. Situação não é inédita na Europa, onde apenas quatro governos são maioritários

Irá ou não haver um acordo que permita à Coligação PSD/CDS-PP governar? Conseguirá o PS acordos que lhe deem maioria parlamentar? Estas são as perguntas que desde 4 de outubro têm pairado na cabeça dos líderes dos partidos mais votados nas legislativas.

Certo é que, caso o PS, que foi o " grande derrotado das legislativas", consiga chegar à maioria através dos acordos é legítimo que governe, naquilo que não é uma situação inédita na Europa, onde apenas quatro governos são maioritários.

Em junho, Cavaco Silva chegou mesmo a lembrar que, na Europa, a maioria dos governos são de coligação: há 14 países com coligação de três ou mais partidos e em muitos casos o primeiro-ministro nem sequer é o líder do partido mais votado nas legislativas.
 

Bélgica




Na Europa, há mesmo casos peculiares, como é o caso da Bélgica, país que esteve 589 dias sem governo e cuja situação só foi resolvida com uma coligação de seis partidos, em 2011. Já em 2014, a formação de governo surpreendeu por o atual primeiro-ministro, Charles Michel, ser do quinto partido mais votado nas legislativas. 
 

Dinamarca




Também na Dinamarca
, o primeiro-ministro, Lars Løkke Rasmussen, é liberal, apesar de ter sido um social-democrata a vencer. Tudo porque a ex-primeira-ministra que venceu as eleições acabou por se demitir após a direita ter passado a ser maioritária no Parlamento. No entanto, o governo tem apenas maioria relativa com acordos com outros partidos.
 

Luxemburgo




Já no Luxemburgo, as eleições tiveram de ser antecipadas, depois de um escândalo sobre espionagem, ter levado o então primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker, - há 19 anos em funções - a demitir-se e a antecipar as legislativas. O partido de Juncker - o CSV - venceu com 33,66% dos votos, mas não conseguiu formar governo. Xavier Bettel, líder do Partido Democrático (liberal), foi eleito primeiro-ministro depois do seu partido, que ficou em terceiro lugar nas legislativas de 2013, ter formado uma coligação com outros dois partidos: o LSAP e os Verdes.
 

Letónia




Quanto à Letónia, formaram governo três partidos que não ficaram em primeiro. Quem venceu as eleições foi o partido do Harmonia, mas quem foi eleita como primeira-ministra foi a líder dos conservadores do Unidade, Laimdota Straujuma, cujo partido ficou em segundo lugar e formou coligação com a União dos Verdes e Agricultores e os nacionalistas da Aliança Nacional. Apesar de não ter vencido as eleições, Laimdota Straujuma tornou-se assim na primeira mulher a chefiar um governo na Letónia.
 

Noruega




Na Noruega também é uma mulher que governa o país, apesar de não ter vencido as eleições legislativas. O Partido da Direita de Erna Solberg ficou em segundo lugar nas legislativas de 2013, cuja vitória foi do Partido Trabalhistas. No entanto, a coligação dos partidos de direita - Partido Conservador, Partido Liberal, Partido Democrata Cristão e o Partido do Progresso - permitiu que Solberg governasse o país.


A 4 de outubro, em Portugal,  a coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições legislativas com 38,55% (104 deputados), o PS conseguiu 32,38% (85 deputados), o BE subiu a terceira força política com 10,22% (19 deputados), a CDU alcançou 8,27% (17 deputados) e o PAN vai estrear-se no parlamento, com um deputado, 1,39% dos votos.  Ao longo da última semana, os partidos reuniram-se para tentar chegar a acordos. Sem nada decidido, os encontros continuam esta semana.
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