Madeira: acordo entre Sócrates e Jardim agrada a partidos - TVI

Madeira: acordo entre Sócrates e Jardim agrada a partidos

Funchal, uma semana depois da tragédia (Filipe Caetano/tvi24.pt)

Só o PCP lamentou que o acordo alcançado não tenha incluído um plano de emergência habitacional

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O líder do CDS/PP na Madeira, José Manuel Rodrigues, considerou, esta segunda-feira, que o resultado da reunião entre o primeiro-ministro e o presidente do Governo Regional foi «positivo». Em declarações à Lusa, o também deputado do CDS/PP na Assembleia da República destacou como aspectos benéficos «a formação da comissão paritária para avaliar os prejuízos e o anúncio das três prioridades: desalojados, revitalização da economia e reconstrução das infra-estruturas públicas».

José Manuel Rodrigues realçou a pertinência da linha de crédito do Banco Europeu de Investimentos na ordem dos 240 milhões de euros. «Esperamos que tanto a solidariedade que já existe em termos financeiros como a contratação de empréstimos possam ser canalizados para a reconstrução não só das empresas públicas mas também da economia privada», declarou.

«É preciso que o dinheiro desça em pirâmide, de cima para a base, beneficiando também os que não têm possibilidades de recorrer a linhas de crédito», acrescentou.

O deputado do PSD eleito pela Madeira Guilherme Silva congratulou-se com a forma «exemplar» com que os governos da República e regional se entenderam para resolver com «maturidade» os problemas provocados pela intempérie naquela ilha. «Estas adversidades infelizmente graves podem ter um reverso positivo, como a forma exemplar como os governos da República e regional assumiram com maturidade um acordo para resolver problemas nacionais de forma convergente e cooperante», disse.

Guilherme Silva considerou que no encontro entre José Sócrates e Alberto João Jardim foi «encontrada uma solução adequada ao apuramento rigoroso das consequências da catástrofe e à sua quantificação, assim como à cooperação que terá de existir entre o Governo da República e o regional no sentido da programada reposição das infra-estruturas afectadas e do património privado, tanto habitacional como comercial».

O BE congratulou-se com a decisão do Governo da República em ajudar a região afectada pelo temporal, considerando que «era o mínimo que podia fazer» nesta situação. «Desta reunião surgiu por parte do Governo da República um reafirmar e uma materialização da intenção de ajudar a Madeira e esperamos que essa ajuda seja rápida e sobretudo chegue rapidamente aos mais necessitados», disse o coordenador do Bloco de Esquerda na Madeira, Roberto Almada,

O responsável bloquista salientou que «existem muitos desalojados a que é preciso acudir, que perderam tudo e devem estar no centro das preocupações dos governos».

O líder do MPT na região considerou «manifestamente positivo» o entendimento entre o primeiro-ministro e o presidente do Governo Regional. «O meu comentário só pode ser de satisfação, porque o entendimento no sentido do Governo da República e a União Europeia para apoiar a reconstrução da Madeira é importante face ao que aconteceu na região», disse João Isidoro, em declarações à Lusa.

O dirigente do MPT afirmou que a reunião «acaba sendo também importante para o desejado e necessário restabelecimento do relacionamento institucional entre a região e Lisboa». «Oxalá este clima se mantenha porque ficam a ganhar os portugueses da Madeira e os do continente», disse.

Já o coordenador do PCP na região, Edgar Silva, lamentou que o acordo alcançado pelos governos regional e nacional não tenha incluído um plano de emergência habitacional para a construção de novos fogos e reabilitação de zonas degradadas. O dirigente comunista manifestou a sua preocupação pelo facto do acordo não permitir que se desencadeie um programa regional que permita resolver a situação da habitação clandestina e reabilitar urbanisticamente as zonas altas do Funchal, Câmara de Lobos, Santa Cruz e Ribeira Brava.
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