PSD: PS tem de abandonar «momentos Syriza» - TVI

PSD: PS tem de abandonar «momentos Syriza»

Défice: «O Governo fez a sua parte»

Sociais-democratas desafiaram o PS a regressar à «responsabilidade» para discutir a sustentabilidade da segurança social

O PSD desafiou esta quinta-feira o PS a abandonar os seus «momentos Syriza» e regressar à «responsabilidade» para discutir a sustentabilidade da segurança social que, segundo o Governo, envolve um corte de 600 milhões de euros em 2016.

Depois de o deputado socialista João Galamba ter afirmado que o PS está «totalmente indisponível» para consensualizar uma redução global de 600 milhões de euros nas pensões públicas, o deputado do PSD Duarte Pacheco renovou o desafio feito pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.

«Eu penso que pode ser um impulso. Temos assistido a que o PS tem momentos Syriza e tem momentos de mais responsabilidade. Esse foi um momento Syriza, rapidamente a responsabilidade terá que se impor», afirmou Duarte Pacheco aos jornalistas, no parlamento, numa referência ao partido antiausteridade no poder na Grécia.

Para Duarte Pacheco, há um problema «identificado há muito tempo» com o sistema de pensões e o PS tem que dizer qual é a solução que defende, mesmo que seja aumentar impostos.

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou esta quinta-feira que o Governo prevê poupar 600 milhões de euros em 2016 com uma reforma do sistema de pensões, mas não esclareceu como pretende fazê-lo.

Maria Luís Albuquerque explicou na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros que aprovou o Programa de Estabilidade e o Plano Nacional de Reformas, que a ausência de pormenores sobre a poupança a obter resulta da falta de disponibilidade para o diálogo da parte do PS.

A ministra disse que, como «hipótese meramente técnica», o Governo manteve a proposta que estava no Documento de Estratégia Orçamental (DEO) do ano passado relativamente à reforma de pensões, embora ela tenha já sido chumbada pelo Tribunal Constitucional.

Referindo-se globalmente aos anúncios de Maria Luís Albuquerque, Duarte Pacheco disse que este é «um programa de estabilidade que traz esperança para Portugal e para os portugueses».

«Podemos não conhecer os pormenores mas sabemos que as medidas que foram solicitadas aos portugueses de sacríficos estão a ser removidas, de forma gradual, como sempre foi dito. Porque todos nós sabemos que não queremos voltar aos programas de austeridade que tivemos que viver devido ao resgate financeiro que o PS obrigou Portugal.»


O Governo propõe repor gradualmente, a um ritmo de 20% por ano, a redução salarial na função pública e reduzir a sobretaxa de IRS até 2019, anunciou também a ministra das Finanças.

Insistindo em dirigir-se ao PS, Duarte Pacheco afirmou que este é «o momento do principal partido da oposição e do seu líder, António Costa, fugir do silêncio a que tem estado remetido durante largos meses ou das palavras generalistas e de dizer concretamente que soluções tem».

Segundo o PSD, António Costa quando critica deve dizer «quais são as alternativas, para as pensões, para a despesa pública, para a saúde, para a educação».

«O PS só esteve disponível para discutir com a maioria a nomeação do governador do Banco de Portugal, prova de que o PS está mais interessado em discutir lugares do que problemas que dizem respeito às pessoas.»

«Nós acreditamos que o princípio da responsabilidade vai imperar e se o PS vir a ser Governo, deve dizer aos portugueses como resolve os problemas, não fingir-se de morto nem ficar escondido na sede, no largo do Rato.»


 
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