«CDS sempre criticou o poder excessivo dos funcionários da troika» - TVI

«CDS sempre criticou o poder excessivo dos funcionários da troika»

Debate do OE2015 (LUSA)

CDS/PP criticou o PS pelas acusações feitas ao Governo sobre as alegadas interferências para bloquear as negociações da Grécia no Eurogrupo

O CDS/PP criticou hoje o PS pelas acusações feitas ao Governo sobre as alegadas interferências para bloquear as negociações da Grécia no Eurogrupo, alertando que Portugal fez parte do «consenso» que aprovou o acordo com os gregos. Os centristas lembram ainda que o « CDS sempre criticou o poder excessivo dos funcionários da troika.

Num comunicado enviado à Lusa, o porta-voz do CDS/PP, Filipe Filipe Lobo d’Avila lamenta «que o secretário-geral do PS tenha vindo criticar o Governo português, fora de Portugal, com base numa informação errada», porque «o princípio de acordo com a Grécia no Eurogrupo foi aprovado por consenso e Portugal fez parte desse consenso».

O CDS/PP observa que António Costa se «enganou» nas queixas sobre o alegado bloqueio de Portugal até no que diz respeito à proposta de os governos analisarem a lista de medidas da Grécia, porque a mesma foi também «aceite por consenso por todos os Países do Eurogrupo, incluindo a Grécia».

«O CDS sempre criticou o poder excessivo dos funcionários da troika. É portanto, salutar, que a lista de medidas de que depende o acordo com a Grécia não fique apenas nas mãos de altos funcionários, antes tenha de ser analisada pelos Governos eleitos que respondem perante Parlamentos eleitos», defende o CDS/PP.


O partido que faz parte do Governo português, em coligação com o PSD, explica ainda considerar «positivo» um princípio de acordo “que evite a saída de um país do Euro», bem como «que a Grécia se tenha comprometido com as regras do Euro e com a efetivação do seu programa com as instituições e países credores».

O secretário-geral do PS acusou no sábado o Governo de Passos Coelho de querer agravar a «austeridade dos outros» em vez de aproveitar a flexibilização dada à Grécia para beneficiar os portugueses e a economia portuguesa.

«Qualquer português fica perplexo quando vê as noticias no final do Eurogrupo e percebe que o Governo português, em vez de querer que os portugueses e a economia portuguesa beneficiem da flexibilidade da austeridade, quer aumentar a agonia da austeridade dos outros», criticou António Costa, à saída de uma conferência de líderes socialistas europeus em Madrid.

As declarações de António Costa surgiram um dia depois do Eurogrupo ter chegado a acordo para o prolongamento da assistência financeira à Grécia e de vários órgãos de comunicação social terem noticiado que as delegações espanhola e portuguesa se opunham ao compromisso.
 
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