"Não temos de estar em filas para levantar dinheiro", lembra PSD - TVI

"Não temos de estar em filas para levantar dinheiro", lembra PSD

Líder parlamentar social-democrata reage assim à vitória do "não" no referendo grego e critica os recados deixados pela oposição ao Governo português

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"Está provado por factos que saltam à vista de todos a olho nu que não são as políticas que nós seguimos e queremos prosseguir em Portugal que fazem com que as pessoas tenham de estar em filas intermináveis para levantar o seu dinheiro numa qualquer caixa multibanco"


O líder parlamentar do PSD reagiu assim à vitória do 'não' à proposta dos credores, na Grécia, criticando as políticas do Syriza, por um lado, e atacando a oposição portuguesa, por outro, nomeadamente o PS. 

Nas jornadas parlamentares conjuntas do CDS-PP e do PSD, para preparar o debate do Estado da Nação, Luís Montenegro remeteu para o final do discurso comentários sobre a situação na Grécia.

"Não são essas políticas que fazem com que os pensionistas se sintam inseguros, não é só relativamente ao futuro da sua pensão, é mesmo quanto à possibilidade de não a receberem, que é aquilo a que nós ainda nos dias anteriores a este pudemos assistir, lá, onde a política foi outra, lá onde a política foi, mais coisa menos coisa, aquilo que a oposição portuguesa e o PS queriam que tivesse sido a política em Portugal", acrescentou. 

O deputado recusou as "lições de democracia" que a oposição disse que o Governo português e a Europa deviam aprender com o povo grego.

"Eu quando ontem assisti a discursos de parlamentares portugueses a quererem dizer que o que se passou na Grécia foi uma lição de democracia à Europa e aos povos europeus, eu quero dizer sem a mesma soberba que a democracia da Grécia não é mais nem menos do que as democracias de toda a Europa", atirou.

No seu discurso, fez questão de recordar a anterior governação socialista, fazendo alusão à prisão do ex-primeiro-ministro, José Sócrates.
 

"Essa sim, começou com instabilidade, essa sim, começou com eleições legislativas antecipadas. E começou assim porque o anterior primeiro-ministro se demitiu e se manifestou ao país incapaz de continuar a governar, ele e o seu partido. Eu diria mais: ele e todos aqueles que lá estão hoje, menos ele, que não pode estar".

Nas próximas eleições legislativas, defendeu, os portugueses também devem fazer "um julgamento" do que o PS fez no Governo e de como se comportou enquanto oposição face à "situação difícil, complexa, exigente que foi a base desta legislatura".

O atual líder do PS, António Costa, atacou hoje o Governo, dizendo que perante a vitória expressiva do 'oxi' na Grécia, Portugal tem a "última oportunidade" de parar com "mesquinhez"
, mudar de postura e virar a página da austeridade.
 
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