PS elogia voto dos gregos e critica partido «irmão» PASOK - TVI

PS elogia voto dos gregos e critica partido «irmão» PASOK

João Galamba (PS)

«É um partido que ao aliar-se à direita e ao praticar a mesma política de direita teve os resultados que teve», afirmou João Galamba, referindo-se aos modestos %% conseguidos pelo partido nas eleições da Grécia

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O PS elogiou esta quinta-feira a iniciativa diplomática do presidente do Parlamento Europeu na Grécia para o «desanuviamento» do ambiente político na Europa e defendeu que os socialistas gregos foram penalizados por terem praticado «uma política de direita».

As conclusões da reunião da Comissão Política Nacional do PS, que durou cerca de três horas, foram apresentadas aos jornalistas pelo deputado e membro do Secretariado Nacional João Galamba.

«O PS saúda a vontade soberana do povo grego, os resultados e o grande momento democrático que os gregos viveram no passado domingo, mas também a ida a Atenas do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, porque é importante que todas as partes contribuam para o desanuviamento do ambiente político», declarou o dirigente socialista.

Já sobre o resultado inferior a cinco por cento obtido pelos socialistas gregos (o PASOK), partido irmão do PS, João Galamba deu a seguinte resposta: «Os resultados do PASOK falam por si».

«É um partido que ao aliar-se à direita e ao praticar a mesma política de direita teve os resultados que teve», sustentou o membro da direção liderada por António Costa.

Perante os jornalistas João Galamba salientou também que o PS defende a flexibilidade das regras de contabilização do défice na União Europeia, tendo em vista permitir um ciclo de maior crescimento económico, e congratulou-se com o esforço dos eurodeputados socialistas portugueses nesse mesmo sentido.

«O PS defende o aprofundamento da flexibilidade das regras europeias. Por isso, o PS vai tentar que algumas restrições que existem na nova orientação da Comissão Europeia sejam eliminadas», afirmou o deputado socialista.

Na reunião da Comissão Política Nacional do PS, o dirigente socialista Álvaro Beleza, conotado com a ala direita deste partido, fez uma intervenção para defender uma demarcação dos socialistas portugueses face ao Syriza grego.

«O PS é um partido historicamente moderado e, por isso, não tem lições a receber do Syriza. Mas talvez o contrário seja verdade», declarou.

No entanto, Álvaro Beleza também advogou que o PS deve dizer aos eleitorado claramente que recusará governar coligado com o PSD ou com o CDS após as próximas legislativas.

«Um Governo do Bloco Central PSD/CDS só se deve admitir em tese em casos de emergência nacional. Ora, esse não será seguramente o caso após as próximas eleições legislativas e, como tal, o PS deve esclarecer já que não governa com eles», afirmou.

Ainda no que respeita à ordem de trabalhos da reunião, foi eleita a nova mesa da Comissão Política do PS, que integrará o líder do PS/Braga, Joaquim Barreto, e os deputados Ana Catarina Mendes, Odete João e Hortense Martins.
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