Greve na AR põe em risco votação do Orçamento

A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, está a ponderar a existência de «serviços mínimos» para uma eventual greve dos funcionários parlamentares, que fizeram um pré-aviso de greve para os dias da votação final global do Orçamento.

«A presidente está a estudar os serviços mínimos, mantendo a autonomia da Assembleia, ou seja, que deve ser o Parlamento a definir esses serviços», relatou aos jornalistas o primeiro secretário da mesa da Assembleia Duarte Pacheco, escreve a Lusa.

O assunto foi discutido na conferência de líderes parlamentares.

O pré-aviso de greve é referente aos dias 29 e 30 de Novembro, datas da votação final global do Orçamento, e para os dias 2, 7 e 9 de Dezembro «pelo menos», disse Duarte Pacheco.

A presidente está ainda a «reflectir se se trata de direito à greve ou de uma greve ao Orçamento», acrescentou.

Funcionários aprovam moção

Os funcionários parlamentares aprovaram, entretanto, em plenário uma moção que deverão entregar ainda hoje à presidente da Assembleia, tendo o presidente do sindicato recusado esclarecer aos jornalistas se mantêm a greve para, entre outros, o dia da votação do Orçamento.

«Foi decidido por maioria de votos, houve apenas três abstenções, que iremos apresentar uma moção à senhora presidente da Assembleia da República, dando conta das opções que aqui tomámos e será à senhora presidente que daremos conhecimento disso», disse aos jornalistas o presidente do sindicato dos funcionários parlamentes, Bruno Aquino.

O presidente do sindicato dos funcionários da Assembleia escusou-se a esclarecer se mantêm o pré-aviso de greve. A moção dos funcionários será entregue no gabinete de Assunção Esteves «possivelmente ainda esta tarde», disse Bruno Aquino.