BE quer fim de "vistos Gold" que servem "para lavar dinheiro da corrupção" - TVI

BE quer fim de "vistos Gold" que servem "para lavar dinheiro da corrupção"

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  • 19 set 2017, 20:01
Catarina Martins

Catarina Martins elenca problemas de uma das prioridades do partido na corrida eleitoral autárquica, a habitação

A coordenadora do BE, Catarina Martins, insistiu esta terça-feira no fim dos ‘Vistos Gold’, um regime de autorização de residência para investimento que, além de provocar a especulação imobiliária, serve ainda "para lavar dinheiro de esquemas de corrupção".

Numa ação de campanha autárquica com os candidatos do BE às câmaras de Porto e de Vila Nova de Gaia, Catarina Martins elencou aqueles que são os problemas de uma das prioridades do partido nesta corrida eleitoral, a habitação.

Mecanismos como os ‘Vistos Gold’, nós sempre dissemos, provocavam a especulação imobiliária e está à vista também servem para lavar dinheiro até de esquemas de corrupção, como sabemos agora pelas notícias", criticou.

Na opinião de Catarina Martins, a investigação conjunta do semanário Expresso e do jornal britânico The Guardian de que vários empresários estrangeiros envolvidos em casos de corrupção, como os brasileiros Otávio Azevedo e Pedro Novis, obtiveram autorização de residência em Portugal vem provar a preocupação que o BE tem há muito sobre este tema.

O Bloco defende que não devem existir ‘Vistos Gold’. Somos muito coerentes com a nossa posição há muito tempo", reiterou.

Os ‘Vistos Gold’, explicou a líder do BE, "são autorizações de residência que são dadas a cidadãos que são milionários de outros países e que não têm que explicar de onde é que vem o dinheiro".

Foi criado com o Governo PSD/CDS e é um mecanismo que se mantém e agora vemos que o nosso país está associado a corruptos de processos importantes - nomeadamente em Angola e Brasil - que vieram para o nosso país lavar dinheiro", criticou.

Catarina Martins recordou que agora a Comissão Europeia passou a analisar os processos dos ‘Vistos Gold’ em Portugal, processos esses que "fizeram subir os preços das casas em centros históricos".

"Um país que se leva a sério deve tratar as questões da habitação de uma forma bastante sensata", pediu.

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