A conferência de líderes parlamentares marcou esta terça-feira uma sessão solene para quarta-feira para manifestar pesar pelo falecimento das vítimas dos incêndios e apoio aos que combatem os fogos, anunciou o presidente da Assembleia da República.
A sessão solene destina-se a "prestar solidariedade às famílias das vítimas", manifestar "pesar pelos que faleceram" e "apoio àqueles que estiveram e que estão ainda no terreno em combate", disse o presidente do Parlamento, Eduardo Ferro Rodrigues.
Autarcas dos concelhos afetados pelos incêndios foram convidados para esta sessão solene, assim como o Governo, que será representado pelo primeiro-ministro, António Costa, e outros membros do Executivo.
A sessão solene, marcada para as 15:00 de quarta-feira, terá intervenções de todos os grupos parlamentares, referiu Ferro Rodrigues, em declarações aos jornalistas no parlamento, após a reunião da conferência de líderes.
O BE e o CDS-PP, que tinham previstas interpelações ao Governo para quarta-feira e para quinta-feira retiraram esses agendamentos, que se realizarão em setembro, em ambos os casos, sublinhou Ferro Rodrigues.
O presidente da Assembleia declarou que esta conferência de líderes extraordinária "decorreu num clima de grande consternação, devido à tragédia horrível que se abateu sobre o país e sobre tantas famílias, também num clima de grande solidariedade e de grande coesão entre todos os grupos parlamentares".
A agenda do Parlamento está a ser reajustada e na quinta-feira o plenário ocupar-se-á do relatório anual do Provedor de Justiça, assim como de uma petição, havendo na sexta-feira votações regimentais.
As reuniões de comissões parlamentares serão retomadas na quarta-feira.
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço divulgado hoje.
O fogo começou em Escalos Fundeiros, e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
Este incêndio já consumiu cerca de 26 mil hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.