Desemprego: PSD assume «situação ainda muito delicada» - TVI

Desemprego: PSD assume «situação ainda muito delicada»

Adão Silva (PSD)

Partido realça, no entanto, que o pior ficou para trás e que há uma tendência de descida. Aproveita para deixar recados ao PS, que diz que a realidade é um «doloroso desmentido» para o Governo

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O PSD assumiu esta segunda-feira que a situação do desemprego «ainda é muito delicada» e que os dados são «flutuantes», mas que o pior ficou para trás e a tendência é inequivocamente de descida.

«A situação está ainda muito delicada. É preciso mais esforço, mais trabalho, mais empenho». «Os dados são, neste momento, flutuantes» , porque há uma diminuição em termos homólogos mas um aumento face ao mês anterior


Palavras de Adão Silva, reagindo às estatísticas do INE que apontam para uma subida da taxa de desemprego para 14,1% em fevereiro.

O social-democrata fez questão de criticar, no entanto, os «protestos» do PS motivados por estes dados - os socialistas falaram mesmo num «doloroso desmentido» para o Governo - referindo que «não se ouviu palavra nenhuma» dos socialistas quando o desemprego diminuiu «em linha» em dezembro.

Adão e Silva pediu, por isso, uma atitude «mais construtiva» e «consensualizadora» da parte do maior partido da oposição.

Apesar da situação ser ainda difícil, «na questão do desemprego, Portugal está francamente melhor, quando comparado com 2014», considerou. Essa «é uma tendência que vale a pena sublinhar». 

«Esta crise que Portugal tem atravessado fez aumentar fortemente o desemprego, mas ele tem vindo a diminuir significativamente». «Depois de se atingir o pico do desemprego, de cerca dos 17%, há dois anos, temos vindo sempre a verificar um decréscimo»


Para Adão Silva, a descida do desemprego «é uma tendência inequívoca» e resulta de políticas do Governo PSD/CDS-PP «como a reforma das leis laborais, por um lado, como a reforma do Estado» e da «dinâmica da economia».

«São tendências que auguram esperança e confiança para os portugueses», declarou o deputado do PSD, citado pela Lusa, manifestando-se convicto de que o crescimento projetado para a economia em 2015 vai «dar um contributo fortíssimo para a criação de emprego e para o combate ao desemprego».

Questionado sobre o aumento do número de desempregados entre janeiro e fevereiro estimado pelo INE, superior a 11 mil, Adão Silva disse: «Estamos porventura a atingir o ponto mais baixo desta dinâmica de desemprego sazonal provocado justamente pela época não tão favorável ao turismo».

Quanto ao efeito da emigração e aos desempregados fora das estatísticas apontados pela oposição, o deputado do PSD alegou que «essa situação sempre existiu», mas «a oposição quer fazer agora um drama particular em torno desta matéria».

«Há sempre umas largas centenas de milhares de cidadãos que não estão inscritos ou que não são contabilizados na estatística do desemprego, por diversas razões, acho que nunca foi feito um estudo profundo e real sobre essa matéria»


Relativamente às «dinâmicas de emigração», o social-democrata alegou que os números aumentaram «há cerca de seis ou sete anos» e «têm vindo a reduzir-se nos últimos tempos».
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