PIB: caminho do Governo "traz resultados" - TVI

PIB: caminho do Governo "traz resultados"

Luís Montenegro

Partidos do Governo defendem os números apresentados pelo INE, que mostram um crescimento da economia de 0,4% nos primeiros três meses do ano

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O líder parlamentar do PSD defendeu que os números do PIB divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística mostram que o discurso do PS colide com a realidade e atestam que o caminho do Governo "traz resultados".

Segundo a estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais, a economia portuguesa cresceu 1,4% no primeiro trimestre deste ano em termos homólogos e 0,4% face ao trimestre anterior.

"Com estes dados, a conclusão é relativamente simples de tirar. Há um discurso político coerente com a realidade, que é o discurso da maioria e do Governo, e há um discurso político que tem hoje uma grande confrontação com a realidade, que é um bocadinho a antítese da realidade, que é o discurso político da oposição", disse Luís Montenegro.

Falando aos jornalistas no parlamento, o presidente da bancada do PSD perguntou pela coerência de "todos aqueles que vaticinaram que a economia portuguesa não ia, com as políticas dos últimos anos - com as reformas estruturais e a recuperação financeira -, produzir crescimento, que esse crescimento não se iria refletir no mercado de trabalho".

"O que dirá o PS que todos os dias tem apregoado, através do seu secretário-geral, que é preciso inverter o caminho, inverter tudo aquilo que tem sido a política do Governo, quando confrontado com uma realidade que vem desmentir aquilo que era o seu prognóstico", afirmou.

Apesar de dizer que não entra "em euforias", Montenegro disse que os sociais-democratas estão "muito confiantes com o futuro", e que possa ainda "verificar-se um crescimento da economia superior ao que está plasmado no Orçamento do Estado e nas últimas estimativas do Governo".

O líder parlamentar do PSD argumentou que estes são "números e factos que são também a vida das pessoas", refletindo um "modelo económico que passa pelo aumento das exportações e a diminuição das importações, também por um aumento da procura interna, que é sustentado na recuperação da atividade das empresas e no aumento do emprego".

"Este crescimento da economia, quer em cadeia, quer em termos homólogos, está em consonância com aquilo que está a acontecer em toda a Europa. É até, em termos homólogos, superior ao registado na zona euro, na União Europeia a 28 é equivalente", frisou.

Também a deputada do CDS-PP Cecília Meireles defendeu que o crescimento económico mostra que a "retoma é sustentada", vivendo-se uma nova fase "sólida e robusta", lamentando que o PS não se congratule por "boas notícias para os portugueses".

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"Há seis trimestres consecutivos, há um ano e meio, que estamos com dados de crescimento bom. Significa que a retoma é sustentada e que esta nova fase é sólida e é robusta. Aquilo que muitos chamaram, no início, de crescimento pouco sustentado ou dados pouco significativos, agora estamos a falar de um crescimento que é real, robusto e sólido", afirmou Cecília Meireles.

"O CDS quando vê boas notícias para os portugueses, alegra-se, e fica contente. Acho uma pena que a oposição não faça o mesmo", afirmou Cecília Meireles quando confrontada com declarações do deputado do PS João Galamba que, em nome dos socialistas, afirmou que o crescimento hoje divulgado está abaixo das previsões e do orçamentado pelo Governo.


Para os centristas, pelo contrário, os dados revelam "que as empresas, os trabalhadores, as famílias estão a saber aproveitar as oportunidades e que, com cada vez mais oportunidades de investimento, que por sua vez criará emprego, está a construir-se um crescimento desta vez sólido e sustentado, que se reflete nas condições de vida dos portugueses".

"São dados francamente bons. Estamos a falar de um crescimento de 0,4 em cadeia, ou seja, em relação ao trimestre anterior. Para um primeiro trimestre, que é sempre um trimestre afetado pela sazonalidade 0,4 é um crescimento muito significativo", declarou, apontando que no ano passado esse crescimento foi negativo e em 2013 situou-se em zero.
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