Governo toca a reunir quarta-feira por causa de Tancos - TVI

Governo toca a reunir quarta-feira por causa de Tancos

  • Atualizada às 21:06
  • 4 jul 2017, 20:39
Tancos - Paióis

Governo pretende fazer ponto de situação sobre segurança interna devido ao desaparecimento de material de guerra. Ministro deu 60 dias a inspeção especial para avaliar segurança das instalações

O Governo reúne-se na quarta-feira com responsáveis pela segurança, de forma a fazer um ponto da situação, na sequência do furto de material militar em Tancos, refere uma nota do gabinete do primeiro-ministro.

De acordo com a mesma nota, a reunião está marcada para as 15:00 nas instalações do Sistema de Segurança Interna.

Governo será chefiado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em substituição do primeiro-ministro, António Costa e terá ainda as presenças dos ministros da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e da Justiça, Francisca Van Dunem.

Ainda segundo a nota do gabinete do primeiro-ministro, a reunião será conduzida pela secretária-geral do Sistema de Segurança Interna e conta igualmente com as presenças de representantes da Procuradoria-Geral da República, Chefia do Estado-Maior General das Forças Armadas, Sistema de Informações da República Portuguesa, GNR e PSP, PJ, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima, Serviço de Informações e Segurança e Serviço de Informações Estratégicas de Defesa.

Inspeção em dois meses

O ministro da Defesa deu 60 dias para a Inspeção-Geral da Defesa Nacional avaliar os "procedimentos e condições de segurança" em vigor no armazenamento e equipamento militar das Forças Armadas, prevê um despacho assinado domingo.

De acordo com o documento, enviado à agência Lusa, a Inspeção-Geral da Defesa Nacional deve apresentar o relatório "no prazo máximo de 60 dias".

No despacho, o ministro Azeredo Lopes determina a inspeção extraordinária, considerando que ao longo de vários anos as Forças Armadas têm concentrado as instalações destinadas à armazenagem e manutenção dos materiais de guerra.

E, em segundo lugar, fundamenta a decisão "considerando que os ramos tem concebido" diversos "sistemas de vigilância e ações" para garantir a eficácia da segurança física das instalações e assegurar "uma maior racionalidade dos recursos adstritos" a essa função.

Em terceiro lugar, justifica a avaliação "considerando ainda o grave incidente de quebra de segurança, com o furto de material de guerra à responsabilidade do Exército".

Relatório em 30 dias

O ministro da Defesa determinou também, no mesmo dia, um prazo de 30 dias para que os chefes dos ramos militares apresentem um relatório "sobre as atuais condições de segurança das instalações militares sob sua responsabilidade, destinadas ao armazenamento de material de guerra, munições e explosivos".

No mesmo despacho, Azeredo Lopes estabeleceu uma orientação para que os chefes dos ramos militares devem "desde já", "dar prioridade às áreas relacionadas com a segurança do material de guerra, nomeadamente armamento e munições".

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