Guantánamo: foi o MNE que informou o PGR - TVI

Guantánamo: foi o MNE que informou o PGR

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Luís Amado diz que a informação que terá ajudado a libertação de preso foi dada pelo Governo

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O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, disse esta quarta-feira que as informações transmitidas pela Procuradoria-Geral da República à defesa de Binyam Mohamed já eram conhecidas e foram fornecidas à PGR pelo seu Ministério, revela a Lusa.

«A notícia não tem nenhum elemento novo (...) Todos os elementos de informação que a notícia refere foram fornecidos pelo MNE à Procuradoria no âmbito das relações estreitas de cooperação entre o MNE - e o governo - e a Procuradoria no processo de investigação em curso», disse Luís Amado à imprensa.

«A notícia é uma não notícia, porque não tem nenhum elemento novo», insistiu o ministro, que falava à imprensa após um encontro com o homólogo sérvio. Luís Amado disse também que «aguarda serenamente o resultado da investigação que a Procuradoria tem estado a fazer» ao alegado envolvimento de entidades portuguesas em voos operados pela CIA para o transporte ilegal de suspeitos de terrorismo.

PGR ajudou a libertar preso de Guantánamo

O ministro comentava a notícia avançada pelo Diário de Notícias, de que documentos fornecidos pela Procuradoria-Geral à organização não-governamental britânica Reprieve, encarregada da defesa jurídica de Binyam Mohamed, terão ajudado à libertação do etíope, preso pelos Estados Unidos desde 2002 por suspeita de terrorismo.

Segundo a deputada no Parlamento Europeu Ana Gomes, os dados fornecidos pela PGR à Reprieve referem-se a uma primeira escala em Setembro de 2002 no Porto, cinco meses depois de Mohamed ter sido detido no Paquistão, num voo entre Rabat, em Marrocos, e Cabul, no Afeganistão.

As autoridades portuguesas não confirmaram a identidade dos cinco passageiros, mas documentação recolhida pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras junto da empresa de handling Servisair, «relacionada com a facturação por prestação de serviços, contém dados que os advogados de Binyam Mohamed obtiveram através da PGR e que foram úteis», assegurou Ana Gomes no blogue Causa Nossa.
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