Palestina «aprecia» decisão portuguesa - TVI

Palestina «aprecia» decisão portuguesa

Governo proibiu sobrevoos e aterragens de aviões com material militar a caminho de Israel

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A delegada-geral da Autoridade Palestiniana em Portugal declarou este sábado «apreciar muito» a decisão de Portugal de proibir a passagem pelo espaço aéreo português de material contencioso para Israel enquanto se mantiver a operação militar na Faixa de Gaza.

«Apreciamos muito a decisão, que está do lado dos direitos humanos», disse Randa Nabulsi à agência Lusa.

Considerando tratar-se de uma «decisão justa», a diplomata assinalou que «nas últimas três semanas, muitos civis foram mortos (em Gaza) e muitas armas foram usadas contra a lei internacional».

O mais recente balanço de vítimas da ofensiva israelita, lançada a 27 de Dezembro, regista 1.160 mortos e cerca de cinco mil feridos.

Randa Nabuldi disse ainda esperar que «a União Europeia reconsidere a decisão de reforçar as relações com Israel».

Israel não comenta

A embaixada de Israel em Lisboa «não tem comentários a fazer» à decisão de Portugal de recusar a passagem pelo espaço aéreo do país de material contencioso para o Estado hebreu enquanto se mantiver a operação militar em Gaza.

«É uma decisão do Governo português», declarou Amir Sagie, encarregado de negócios da embaixada de Israel em Lisboa, à agência Lusa, adiantando que a representanção diplomática «não tem comentários a fazer».

Portugal deu instruções para a não autorização de sobrevoos ou aterragens em aeroportos portugueses de aeronaves que transportem material contencioso para Israel enquanto se mantiver a operação militar em Gaza, segundo fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Segundo as fontes, a medida vem na sequência dos três apelos para um cessar-fogo na Faixa de Gaza feitos pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, nas últimas três semanas e insere-se nos esforços internacionais para permitir um cessar-fogo duradouro entre Israel e o Hamas.

O mais recente balanço de vítimas da ofensiva israelita lançada a 27 de Dezembro regista 1.160 mortos e cerca de cinco milhares de feridos, entre os quais 370 crianças e 85 mulheres.
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