Líder do PS Madeira apela à revolta dos madeirenses

O presidente do PS-Madeira, Jacinto Serrão, apelou, esta segunda-feira, aos madeirenses para que «se revoltem de forma democrática contra o regime longo e com características autoritárias» que existe na região. O líder dos socialistas madeirenses falava junto ao monumento, numa das rotundas nos arredores do Funchal, que assinala a «Revolta da Madeira».

«O povo revolta-se sempre que sente as suas liberdades, os seus direitos políticos e sociais em causa», disse, acrescentando que foram estas razões que motivaram aquele levantamento há oito décadas.

«Foi uma revolta do povo contra os poderosos de cá e de lá que pretendiam sonegar direitos sociais e políticos dos madeirenses», adiantou.

Jacinto Serrão apontou que, «passados estes anos, há uma revolta no norte de África contra regimes longos e autoritários», com características semelhantes ao existente na Madeira.

«É altura do povo madeirense revoltar-se contra esta governação, contra este regime que pretende sonegar um conjunto de direitos, liberdades e garantidas aos cidadãos da Madeira», sustentou.

Por isso, apelou aos madeirenses para que «se revoltem de forma democrática contra este regime longo e com características autoritárias que está a colocar Orçamento não ao serviço do que é essencial para o desenvolvimento da região, mas da corte de serventuários que andam à sua volta».

De acordo com o responsável socialista insular, que é também candidato a secretário-geral do PS, «os madeirenses não devem deixar as coisas ficar pela metade». «Não queremos meia liberdade, meia democracia, meia autonomia, devemos exigir tudo de pleno direito para a Região Autónoma da Madeira e para os madeirenses», declarou.