Governo não pode «alimentar despesismo» da Madeira - TVI

Governo não pode «alimentar despesismo» da Madeira

Jardim

CDS diz que resgate financeiro pedido pela Madeira não pode ser apenas uma injecção de capital

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O vice-presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP afirmou que o resgate financeiro pedido pela Madeira não pode ser uma injecção de capital para alimentar o «despesismo» da administração pública regional.

«O rasgaste financeiro da Madeira já assumido e pedido pelo Governo [regional] não pode ser apenas mais um empréstimo, mais uma dívida e mais uma injecção de capital nos cofres públicos para continuar a alimentar o despesismo do monstro da administração pública regional», disse José Manuel Rodrigues nas Jornadas Parlamentares do CDS-PP que decorrem até terça-feira no Funchal.

O também cabeça de lista do partido às eleições legislativas regionais de 09 de Outubro defendeu que «o plano deve conter uma solução global que envolva a reestruturação da dívida directa do Governo Regional e dos municípios», assim como da «dívida indirecta dos institutos, sociedades de desenvolvimento e empresa públicas».

«A regularização das dívidas do sector público no valor de mil milhões de euros às empresas privadas é prioritária, pois é condição essencial para travar a recessão económica e a subida galopante do desemprego», declarou José Manuel Rodrigues.

Para o deputado na Assembleia da República, «o plano de resgate da Madeira tem de passar também por um programa de redução da despesa pública corrente», considerando que «o esforço de reequilíbrio das contas públicas regionais tem que ser feito a 90 por cento do lado da despesa e não do lado da receita».

«A austeridade anunciada deve recair sobre a despesa supérflua e inútil do Governo [regional] e das câmaras e de todo o sector público e não sobre os cidadãos, famílias e empresas que enfrentam os custos da insularidade, que estão sobrecarregados de impostos», acrescentou.

Aos colegas de bancada, o parlamentar referiu que «os tempos são de partilha de esforços e de sacrifícios e, também, de solidariedade entre cidadãos e gerações», pedindo o apoio «para um bom plano de assistência e de estabilização financeira da Madeira».

«Assim como os portugueses do continente não podem ser culpabilizados pelas irresponsabilidades do anterior governo socialista, também os madeirenses não podem ser penalizados pelas leviandades financeiras do Governo Regional do PSD», sublinhou José Manuel Rodrigues, para quem «quem criou o problema não pode ser jamais a solução».
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