"É uma manifestação clara da pesporrência, da arrogância do Presidente da República. Para o Presidente da Republica [a Grécia] é uma folha de couve e veio um burro e comeu-a"
O secretário-geral do PCP disse que Cavaco Silva fez uma "operação numérica" como se fosse essa "a questão política de fundo", em relação à União Europeia e a todo o processo "turbulento" das negociações.
Por isso, para Jerónimo de Sousa, a posição do chefe de estado é "perfeitamente condenável", bem como as afirmações do Governo português. São, atira, uma "pressão inaceitável contra o povo grego".
O primeiro-ministro, por exemplo, disse ontem que a Grécia "tem tido expressão clara da solidariedade europeia". Já hoje, admitiu que a situação pode aumentar a "turbulência financeira", embora Portugal esteja preparado para aguentar.
Em nome de todos os comunistas, o líder do PCP reafirmou o "sentido muito forte de solidariedade, de fraternidade para com o povo grego, para com os trabalhadores gregos, no seu direito à soberania e no direito que têm a uma vida melhor".