Jerónimo acusa direita de querer "condicionar" nomeação de PGR - TVI

Jerónimo acusa direita de querer "condicionar" nomeação de PGR

  • 18 set 2018, 18:09

Secretário-geral do PCP considera "claramente excessiva e inaceitável" posições do CDS e do PSD sobre quem deverá liderar a Procuradoria-Geral da República. E recusa “fulanizar e partidarizar” o cargo

O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou esta terça-feira o PSD e o CDS-PP de estarem a tentar “condicionar” o processo de nomeação do procurador-geral da República (PGR), recusando “fulanizar e partidarizar” o cargo.

É importante que se acabe com este ruído em torno da Procuradoria-Geral da República, particularmente da forma claramente excessiva e inaceitável do CDS e do PSD, que procuram condicionar as soluções”, afirmou.

Para o secretário-geral comunista, o PSD e CDS-PP estão a tentar "condicionar" a escolha do primeiro-ministro e do Presidente da República sobre o próximo PGR quando dizem que “é assim ou não vale”.

Estamos a lidar com uma matéria tão sensível”, alertou Jerónimo de Sousa, considerando que não deve ser usada “pressão partidária para resolver uma situação que tem a ver com esta importante instituição”.

O líder comunista falava aos jornalistas à margem de uma visita à Oficina da Criança, em Montemor-o-Novo, no distrito de Évora, inserida na Campanha do PCP “Crianças e Pais com Direitos, Portugal com Futuro”.

"Erro estar a fulanizar"

Questionado sobre qual a posição do PCP sobre a nomeação do próximo PGR, o secretário-geral comunista limitou-se a adiantar que seria “um erro estar a fulanizar um cargo desta natureza e importância e pior estar a partidarizar um cargo que precisa de autonomia e independência”.

É fundamental essa independência e essa autonomia e, com base nesses pressupostos, será encontrada a solução pelo primeiro-ministro e pelo Presidente da República”, referiu.

Jerónimo de Sousa reconheceu que, durante o mandato da atual PGR, “foram dados passos, particularmente no combate à criminalidade económica e financeira”, mas defendeu que “também ficaram por resolver aspetos importantes”.

O respeito pelos direitos dos magistrados e da Polícia Judiciária e houve certos momentos menos bons, particularmente quando se viola o segredo de justiça”, apontou.

Continue a ler esta notícia