Jerónimo: «desta vez, não vou perder a voz» - TVI

Jerónimo: «desta vez, não vou perder a voz»

Jerónimo de Sousa em Algés (JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA)

O líder do PCP fez, em casa, o mais insistente apelo ao voto na CDU desta campanha

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Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP e candidato da CDU às eleições legislativas, esteve, esta segunda-feira à noite, num comício em Santa Iria da Azóia, a terra onde nasceu e onde vive. A discursar em casa, para várias dezenas de pessoas, Jerónimo fez o mais insistente apelo ao voto na CDU desta campanha, com um alvo particular: os «que se sentiram atingidos» pelas políticas levadas a cabo por José Sócrates e pelo PS. A esses, pediu que «mudem de voto para que se mude de política».

«Os que se sentiram atingidos por esta política vão ter de fazer uma opção de fundo em relação às suas vidas aos seus interesses e direitos», disse, sublinhando que esses portugueses não são «prisioneiro» e «pode usar o voto como um instrumento de luta e de condenação».

Enquanto Jerónimo dizia que «o PS enganou os portugueses», um apoiante gritava insistentemente, até Jerónimo abrandar a toada do discurso (um dos mais emotivos da campanha). «A mim não me enganou! A mim não me enganou! A mim não me enganou!», repetia o apoiante



«Coligação para quê?»

No discurso de Santa Iria da Azóia, Jerónimo de Sousa voltou a um tema de que já tinha falado, durante a manhã, em Vialonga, em resposta a questões dos jornalistas: uma possível coligação com o PS. «Mas coligação para quê? Para fazer que política? Não, não. O nosso compromisso primeiro é convosco», garantiu.

Jerónimo de Sousa criticou insistentemente o Código do Trabalho, sobretudo a questão da contratação colectiva. Na sequência destas críticas, Jerónimo recordou as lutas travadas mesmo ali, nas empresas da terra, algumas delas onde ele próprio trabalhou. E deu como exemplo a Covina ou a MEC.

Jerónimo joga em casa e recorda juventude

Com a emoção do discurso, Jerónimo de Sousa engasgou-se e tossiu bastante. Mas deixou a promessa: «desta vez, não vou perder a voz». O líder do PCP aludia à campanha para as eleições legislativas de há quatro anos em que ficou completamente afónico. Uma promessa com duplo sentido, que arrancou gargalhadas tímidas entre os apoiantes.
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