O secretário-geral do PCP considera que as declarações do Presidente da República revelam «uma grande crispação institucional». Jerónimo de Sousa defendeu, esta quarta-feira, que o Governo deve esclarecer rapidamente a alegada violação dos serviços informáticos da Presidência.
«Foi uma intervenção com uma grande crispação e conflitualidade institucional», afirmou o líder do PCP à margem de uma «arruada» em Sines, no âmbito da campanha autárquica.
Jerónimo de Sousa apontou o «aumento de conflitualidade institucional num momento muito sensível da vida nacional», o que, considerou, «não contribui para a serenidade e para a discussão democrática daquilo que de facto inquieta os portugueses, esta situação económica e social».
O líder do PCP admitiu que «não há nada inviolável a nível informático», mas considera que o governo deveria procurar apurar se há ou não violação dos serviços da Presidência da República, tal como Cavaco Silva questionou.
«Ficaria bem ao governo. Aquilo que é normal não pode ser tomado como normalidade», sustentou, acrescentando que «o governo deveria sentir-se na obrigação e na disponibilidade de descansar o senhor Presidente da República».
«Se há violação, quem a faz? O governo tem condições de responder serenamente», disse.
Apesar da conflitualidade entre Governo e Presidência da República que o PCP considera existir, o líder comunista considera que isso não pode interferir na vida democrática, nomeadamente na tomada de posse do novo executivo que foi eleito no sufrágio de domingo passado.
Jerónimo fala em «grande crispação institucional»
- Redação
- ASC
- 30 set 2009, 13:50
Líder do PCP entende que o Governo deve esclarecer a alegada violação dos serviços informáticos de Belém
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