O secretário-geral do PCP afirmou, nesta terça-feira, que a moção de censura do partido ao Governo «não é contra o PS».
«É natural que os partidos que apoiam o governo estivessem contra a moção de censura e a desvalorizassem, mas o que surpreende é que o PS acusasse o toque, enfiando a carapuça, dizendo que não era oportuna e que interessava era a estabilidade política», disse Jerónimo de Sousa, durante um encontro com trabalhadores e autarcas do Seixal, citado pela Lusa.
Para Jerónimo de Sousa, a moção serve como «censura contra a política e o Governo que a executa», que tem originado «desemprego, injustiças sociais, pobreza e recessão».
«O PS nem conhece a moção, mas revela que tem um problema de consciência, pois assinou o pacto de agressão, mas nós preferimos a estabilidade social. Não é uma moção contra o PS, o PS se estiver contra a moção é que se põe de fora deste sentimento, que tem muitos trabalhadores socialistas contra esta política e que estão connosco», defendeu.
O secretário-geral do PCP reconheceu que a moção não vai passar no Parlamento, mas garantiu que a luta não se limita à Assembleia da República.
«Sabemos que esta moção formalmente não passará, mas se pensam que o mundo e a realidade começa e acaba no Parlamento enganam-se. Os trabalhadores têm um direito que ninguém lhes pode roubar, de travar uma luta pela defesa dos seus direitos», concluiu.
A moção de censura do PCP ao Governo foi anunciada por Jerónimo de Sousa no último debate quinzenal com o primeiro-ministro, na passada sexta-feira, e será discutida dia 25 na Assembleia da República.
Jerónimo: «Moção de censura não é contra o PS»
- Redação
- CM
- 19 jun 2012, 16:21
Secretário-geral diz que tem trabalhadores socialistas do lado do PCP
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