Nem «uma linha» para a agricultura - TVI

Nem «uma linha» para a agricultura

José Sócrates encontra-se com partidos (Mário Cruz/Lusa)

Jerónimo de Sousa lamenta ausência de qualquer referência ao sector no acordo com a troika

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, lamentou esta quinta-feira, em Beja, que o memorando de entendimento entre a «troika» e o Governo não mencione «uma linha que seja» para apoio à agricultura, escreve a Lusa.

«Sabemos que 12 mil milhões de euros vão direitinhos para banca, que 35 mil milhões ficam cativos para responder a qualquer necessidade da banca, não encontra lá uma linha, uma verba, para apoio à agricultura e à produção nacional» afirmou o líder comunista, considerando esta uma «opção errada».

Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas durante uma visita à 28.ª edição da Ovibeja, num dia em que o certame também foi visitado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, ministro da Agricultura, António Serrano, e pelo coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, embora não se tivessem cruzado.

Numa visita a uma feira agropecuária, o líder comunista destacou a «importância estratégica» da agricultura, em particular no Alentejo, «tendo em conta o défice agroalimentar e as potencialidades que existem no país».

«Num quadro de dificuldades económicas e sociais, num quadro de crise financeira, aquilo que estamos a assistir, mais uma vez, é a repetição de todos os cuidados, todos os apoios, milionários, que vão outra vez para o sector financeiro, para a banca, enquanto a nossa agricultura, como as pescas e a indústria, continua a ser o parente pobre», sublinhou.

Jerónimo de Sousa aproveitou a visita ao Alentejo para se referir ao projecto de Alqueva, defendendo que deve ser «direccionado para a agricultura» e que «o uso da água seja facilitado em termos de áreas de regadio».

A Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), promotora do certame, garante que a Ovibeja continua «imune à crise», com «mais de mil expositores» presentes. A feira prolonga-se até domingo.
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