Novas Oportunidades «não é prioridade nacional» - TVI

Novas Oportunidades «não é prioridade nacional»

José Sócrates encontra-se com partidos (Mário Cruz/Lusa)

Jerónimo de Sousa comentou proposta de Passos Coelho e admitiu que o programa pode não ser isento de críticas

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, reconheceu esta terça-feira que o programa Novas Oportunidades tem sido importante para muitos portugueses conseguirem mais habilitações e defendeu que a revisão do mesmo «não é uma prioridade nacional».

«Apesar de alguma crítica que temos de fazer quanto à substância e aos conteúdos dessa formação das Novas Oportunidades, também é verdade que muitos portugueses tiveram a possibilidade de conseguir mais habilitações», disse.

«É evidente que, em termos de rigor, de conteúdo científico, educativo, pode haver razões de crítica, mas, se tivéssemos de fazer inquéritos, teríamos de fazer outros inquéritos, designadamente à política de direita em que o PSD esteve envolvido», acrescentou Jerónimo de Sousa ao ser confrontado com as declarações do líder do PSD sobre o programa Novas Oportunidades.

Pedro Passos Coelho anunciou segunda-feira a intenção de pedir uma auditoria externa ao programa Novas Oportunidades, depois de considerar «um escândalo» a forma como esse programa tem sido desenvolvido.

Jerónimo de Sousa admitiu que o programa pode não ser isento de críticas, mas defendeu que se trata de um problema que, «independentemente das críticas, não é uma prioridade no plano nacional».

Não se inscrevem

Mas o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, também afirmou hoje que o número de trabalhadores desempregados inscritos está a diminuir, porque muitos já desistiram de se inscrever nos Centros de Emprego e de formação Profissional.

«Muitos trabalhadores já não recorrem ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP); recorrem ao trabalho precário, ao trabalho conjuntural, ao trabalho à semana ou ao mês, já não acreditando no IEFP», disse Jerónimo de Sousa, durante uma visita à Autoeuropa, em Palmela.

Instado a comentar a anunciada diminuição do número de desempregados inscritos, o líder comunista lembrou que os dados em causa foram disponibilizados pelo IEFP, não pelo Instituto Nacional de Estatística, e garantiu que o «desemprego continua a aumentar».

«Bastaria olhar para o facto de haver cerca de 17 empresas a falir todos os dias, provocando a eliminação de 230 empregos/dia, o que, obviamente, colide com essa estatística parcial do IEFP», disse.
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