PCP denuncia situação insustentável dos «bombeiros» - TVI

PCP denuncia situação insustentável dos «bombeiros»

Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa diz que se vive um «drama social» nas corporações

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O secretário-geral do PCP denunciou esta terça-feira que a diminuição do transporte de doentes não urgentes está a deixar as corporações de bombeiros numa situação «insustentável» e que as pessoas «já não vão a consultas e exames».

«A situação está a ser insustentável» para os bombeiros, a que se junta «um drama social no Alentejo», em que «muitas pessoas, particularmente os idosos, já não vão a uma consulta ou exame, correndo o risco, não só de abandono, mas de morte, por falta de transporte», afirmou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista falava aos jornalistas em Évora, após reunir com responsáveis de associações e estruturas de bombeiros do distrito para analisar as dificuldades financeiras que as corporações atravessam.

Jerónimo de Sousa disse ter saído do encontro com «um sentimento de profunda inquietação», porque «o corte no transporte de doentes é um problema, mas não é o problema central dos bombeiros».

«A falta de orçamentação de verbas e a má distribuição feita pela Proteção Civil às associações e aos corpos de bombeiros vieram agravar uma situação que resulta da redução do transporte de doentes», disse.

Enaltecendo o «esforço muito grande, com algum voluntarismo, por parte de algumas associações», o secretário-geral do PCP avisou que o país corre «o risco de ver as associações de bombeiros morrerem por asfixia financeira».

As corporações «criaram estrutura de pessoal e meios para atender com qualidade ao transporte de doentes e, de repente, o Ministério [da Saúde] retirou-lhes o tapete, deixando-os numa situação insustentável», advertiu, acrescentando que podem estar «em causa as operações de socorro».

Para Jerónimo de Sousa, a diminuição do transporte de doentes não urgentes e as consequentes dificuldades financeiras das corporações de bombeiros «resulta do ataque ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)».

«Este é que é o problema central, em que os bombeiros comem por tabela, mas é um problema de ataque ao SNS, da qualidade de vida das populações e do direito à saúde», referiu.

O líder comunista indicou ainda que o PCP vai «persistir com a ideia da necessidade de afetar verbas no Orçamento do Estado para associações e corpos de bombeiros».
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