“Em relação à nossa declaração de 07 de outubro, afirmamos claramente ao povo português e damos esta garantia. Votaremos a favor de tudo o que for positivo para os trabalhadores, para o povo e para o país, estaremos contra medidas que prejudiquem os trabalhadores, o povo e o país. É uma posição clara da nossa parte”
Em relação às negociações com o PS, para viabilizar uma maioria de esquerda no parlamento, Jerónimo de Sousa explicou que o PCP está à procura de “convergência e aproximações em relação a coisas concretas de salários, reformas e de pensões, de devolução daquilo que foi roubado”.
Questionado sobre se o PCP vai concordar com as metas dos défice estabelecidas, Jerónimo de Sousa respondeu: "Aquilo que nós consideramos é que não podem ser os salários, as pensões e as reformas (…) usadas como forma de tentar reduzir o défice a mata cavalos, em conformidade com aquilo que está refletido no tratado orçamental.
"Eu nunca consegui que nenhum economista me explicasse porque tem de ser 3% e não 4%"
Na entrevista à SIC Notícias, Jerónimo de Sousa disse também que desconhece o conteúdo das negociações entre o PS e o Bloco de Esquerda e que a questão da renegociação da dívida vai “pôr-se talvez, não por imposição do PCP, mas por imposição da própria realidade”.
Jerónimo disse que não vai votar a lei que prolongue os cortes na função pública para 2016.
“Se isso acontecer não vem mal ao mundo, até porque o Tribunal Constitucional considerou que esses cortes deviam valer até final de 2015. Não é uma radicalização do PCP”
Jerónimo de Sousa garantiu também que o “PS tem condições de formar Governo”.
Interrogado também sobre se o PCP vai fazer parte do próximo Governo, Jerónimo de Sousa disse que o seu partido não luta por lugares ou privilégios.
“A nossa postura tem sido a de dar uma contribuição positiva, procurar resolver os problemas, os anseios, de muitos portugueses, particularmente os trabalhadores”, sublinhou.