Primárias do PS são como «uma farsa» - TVI

Primárias do PS são como «uma farsa»

Jerónimo de Sousa [Foto: Lusa]

Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, considera que os socialistas apenas querem «esconder responsabilidades passadas e intenções futuras»

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa classificou hoje como «uma farsa» as eleições primárias do PS, que decorreram ao longo do dia, considerando que os socialistas apenas querem «esconder responsabilidades passadas e intenções futuras».

«Para o PCP a questão que se coloca ao país não está em saber quem vão ser os futuros protagonistas da política de direita, como dissimuladamente a farsa das chamadas eleições para primeiro-ministro quis impor e o que o PS deliberadamente promoveu, seguramente para esconder responsabilidades passadas e intenções futuras", afirmou o secretário-geral comunistas, numa intervenção no encerramento da sessão pública de abertura da campanha "A força do povo por um Portugal com futuro», que decorreu num hotel em Lisboa.

Para os comunistas, acrescentou, a questão decisiva é «romper com o ciclo infernal de alternância sem alternativa».

Por isso, defendeu o secretário-geral do PCP, mais importante do que «passar a ver pelas costas» o primeiro-ministro e líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, e o vice-primeiro-ministro e líder dos democratas-cristãos, Paulo Portas, «é a efetiva substituição da políticas que ao longo deste 38 anos foram executadas por PS, PSD e CDS».

Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa anunciou ainda a apresentação na terça-feira, na Assembleia da República, de um projeto de resolução do PCP com «uma proposta clara de rutura».

«Terá como adversários os grupos monopolistas que vão parasitando o país, uma proposta que se eleva perante o lodaçal que marca muitas das querelas artificialmente construídas para esconder as muitas semelhanças entre os três partidos que nos últimos 38 anos estiveram no Governo», disse.

Segundo o secretário-geral comunista, a «proposta integrada» tem como objetivo «resgatar o país da dependência e do declínio», fixando calendários, as condições e opções da política nacional com vista à renegociação da dívida e à criação de condições para Portugal preparar a saída do euro e da União Europeia.
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