Que não seja de novo dinheiro dos contribuintes a fazer "limpeza" dos bancos, pede PCP - TVI

Que não seja de novo dinheiro dos contribuintes a fazer "limpeza" dos bancos, pede PCP

Jerónimo de Sousa, em Ponta Delgada, defende a necessidade de "responsabilizar quem deve ser responsável”.

O secretário-geral do PCP manifestou este domingo, em Ponta Delgada, nos Açores, o desejo de que “não seja mais uma vez o dinheiro dos contribuintes a fazer” a "limpeza" dos bancos: Jerónimo de Sousa defendeu a necessidade de "responsabilizar quem deve ser responsável”.

Ao comentar as declarações do primeiro-ministro, o socialista António Costa, em entrevista à TSF e ao DN, Jerónimo de Sousa começou por afirmar que “quando se fala da banca os portugueses tremem, porque em processos desde a fuga ao fisco, desde a corrupção, desde a má gestão, desde a má supervisão, a banca tem levado à desgraça” do país e de muitos portugueses.

“São milhares de milhões que têm sido consumidos do erário público, pondo os portugueses a pagar aquilo que é da responsabilidade da banca e dos banqueiros”, declarou Jerónimo de Sousa.

Referindo não saber o “que significa essa limpeza”, o secretário-geral comunista disse esperar que “não seja mais uma vez a repetição da História, em que a banca enquanto ganha dinheiro ninguém incomoda, quando começa a perder ‘aqui d’el rei venha dinheiro dos contribuintes’”.

“Que não seja mais uma vez com o dinheiro dos contribuintes a fazer essa limpeza”, mas antes “responsabilizar quem deve ser responsável”, acrescentou Jerónimo de Sousa.

O primeiro-ministro defendeu este domingo que é "útil para o país encontrar um veículo de resolução do crédito malparado", considerando também que só as instituições europeias podem responder se Portugal precisa de uma nova ajuda externa para o sistema financeiro.

Numa entrevista à TSF e ao DN, António Costa defendeu a necessidade de trabalhar com as instituições regulatórias e com as instituições financeiras na resolução dos chamados "Non Performance Loans", o crédito mal parado.

"Acho que era útil para o país encontrar um veículo de resolução do crédito malparado, de forma a libertar o sistema financeiro de um ónus que dificulta uma participação mais ativa nas necessidades de financiamento das empresas portuguesas", explicou.

Interrogado sobre se Portugal precisa de uma nova ajuda externa para o sistema financeiro, primeiro-ministro respondeu apenas: "A resposta cabal à sua pergunta só pode ser dada pelas instituições europeias".

"O que lhe posso acrescentar é que não vivo indiferente ao tema e, por isso, me tenho empenhado em que o tema possa ser solução, que designámos uma unidade de missão para fazer um trabalho muito aprofundado sobre a capitalização das empresas portuguesas, das quais não está excluído o tema sistema financeiro", explicou.

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