Entrevista Sócrates: Portas e Jerónimo criticam - TVI

Entrevista Sócrates: Portas e Jerónimo criticam

Paulo Portas

À direita e à esquerda, razões para discordar do primeiro-ministro

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O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, disse que a entrevista ao primeiro-ministro «não tem muitas novidades» e considerou que «faltavam algumas respostas», informa a agência Lusa.

Paulo Portas, optou por apontar medidas, em vez de fazer críticas às respostas de José Sócrates à entrevista concedida ao Diário de Notícias e à TSF, e realçou que «as pessoas querem soluções práticas e acessíveis».

Paulo Portas sugeriu que o Estado fizesse a devolução do IVA mês a mês, em vez de três em três meses, e que desse mais apoio «aqueles que trabalharam toda a vida e têm reformas muito baixas». Para a classe média, e as pessoas mais desfavorecidas, Portas sugeriu que o Estado deveria «ver bem os escalões intermédios do IRS».

Falando sobre a crise financeira, Paulo Portas defendeu que «numa economia de mercado é preciso existirem reguladores fortes». «Ou temos um Estado que é regulador forte e que faz cumprir as regras, ou depois não nos podemos queixar. Eu defendo uma regulação forte», realçou.

PCP não gostou

O secretário-geral do PCP acusou o primeiro-ministro de querer desresponsabilizar-se pela crise financeira do País, quando foi o principal responsável pelas políticas nacionais que conduziram à degradação das condições de vida dos portugueses.

«Sócrates, usando uma metáfora, disse hoje que esta crise é o Waterloo daqueles que queriam menos estado», lembrou Jerónimo de Sousa, antes de criticar as políticas do actual governo socialista: «Espantoso. Quem desencadeou a mais profunda ofensiva contra os serviços públicos e as funções sociais do Estado, contra o SNS, contra a escola pública, que usou parte do Fundo de Estabilidade financeira da Segurança Social no jogo de casino (¿), vem agora afirmar sem corar de vergonha, dizer que esta crise é o Waterloo dos que defendiam menos estado».

O líder comunista criticou o governo pela intenção de prosseguir com a privatização das participações do estado em empresas e sectores estratégicos, de ter proposto as «retrógradas e neo-liberais alterações do código de trabalho», e de ter passado um cheque de 20.000 milhões ao capital financeiro, «sem contrapartidas e sem atender aos dramas das famílias e das empresas endividadas».

«Utilizando outra metáfora, bem poderíamos dizer que Sócrates foi um Napoleão de trazer por casa, tendo em conta que está comprometido com esta política, com esta crise internacional», disse.
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