O PCP criticou esta sexta-feira as “medidas e objetivos gerais” anunciados pelo Governo para as florestas e, para já, não diz se há alguma positiva sem saber como vão ser concretizadas.
Veremos no conjunto das medidas anunciadas. Ontem [quinta-feira] foram apenas anunciadas medidas e objetivos gerais, faltando ver no concreto como vão caracterizar-se”, afirmou João Frazão, da comissão política do PCP, numa conferência de imprensa, na sede do partido, em Lisboa, sobre a reunião extraordinária do conselho de ministros sobre as florestas, na quinta-feira.
O dirigente comunista deu o “exemplo paradigmático” quanto ao anunciado “reforço do apoio à agricultura, em especial onde há maior risco de incêndio”.
Esse anúncio poderia significar “aumentar apoios para o Norte e o Centro do país”, mas a maior taxa de execução do Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR2020) é no sul, onde os proprietários têm mais capacidade de se organizar.
Mas com as regras do regime de transição pós-PAC (Política Agrícola Comum), com a “convergência interna dos apoios”, isso significaria que os proprietários “do minifúndio” poderão “passar a ter menos apoios a partir de agora”.
O que “pode acontecer o Governo estar a dar com uma mão para tirar com a outra”, disse João Frazão.
Precisamos de verificar, em concreto, as medidas para saber se há alguma que se possa dizer que é absolutamente positiva", concluiu.